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Projeto Associação Científica de Psicanálise reflete sobre a importância do brincar

por José Salvador Maculan

Por trás das brincadeiras há muito mais que o simples passatempo

Foto: Divulgação

Brincar é prazeroso mas também é um processo psíquico complexo. As afirmações são das psicanalistas, Aline Colussi Lazaretti e Giovana Schallenberger fazem parte do Projeto Associação Científica de Psicanálise que, mensalmente, desenvolve debates sobre diferentes temas, em parceria com a Tua Rádio Alvorada.

Por que as crianças brincam? O que o brincar significa para a constituição do ser humano? Esta é a abordagem realizada pelas profissionais em mais um programa da série que vai ao ar às primeiras terças-feiras de cada mês. Em um primeiro momento, conforme destacam as psicanalistas, brincar pode parecer um simples passatempo para as crianças, porém momento em que os bebês iniciam a interação com o mundo e as pessoas que os cercam, eles também se preparam para elaborar conflitos, reconhecer necessidade e entender sobre como agir com autonomia nos momentos de dificuldades.

A primeira etapa de desenvolvimento do brincar ocorre por meio dos chamados jogos constituintes. Trata-se de processos psíquicos que ocorrem, a partir da relação com a mãe ou quem exerce esta função, no dia-a-dia da criança, como no momento de se alimentar ou trocar a fralda, por exemplo. "Nesta fase, os movimentos representam a busca pelo outro e para encontrar a si mesmo. São experiências permeadas por um prazer compartilhado que permitirão a existência de um sujeito em separado, isto é, primeiro o bebê é uma extensão da mae para depois vir a ser um "eu". Esse processo não é simples e não acontece somente com o passar do tempo. Os bebês experimentam isso quando por exemplo, jogam objetos ao chão e esperam que aquele objeto retorne, como uma espécie de controle do mundo. Nestes momentos o bebê experimenta ativamente o que vive passivamente. Estes são os chamados jogos constituintes, que são fundamentais para que a criança possa elaborar a ausência da mãe ou do adulto cuidador que, em princípio, ela queria que estivessem por perto. São atividades importantes para a elaboração de momentos de dificuldades e sofrimento. Eles sofrem porque têm muito por fazer e precisam que os adultos compreendam essa necessidade. Nesse sentido, a criança se constitui enquanto sujeito e, depois, aprende a brincar na interação com outra pessoa e também sozinha”, explica Aline. Ouça na íntegra clicando no player de áudio.

Se há falhas nessa troca com os adultos, em um primeiro tempo, fica mais difícil para que as crianças possam agir sozinhas, crescerem e se desenvolverem com confiança em si e nos demais. “O brincar, a fantasia, a imaginação sao passos fundamentais para que o ser humano viva a criatividade não distante da realidade”. O assunto será ampliado no mês de setembro, quando mais um programa da série vai ao ar, no dia 03, às 10h30.

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