Caminhoneiros autônomos do RS não se mobilizam para greve geral
Os atos do dia 01/11 contaram com baixa adesão da categoria no Rio Grande do Sul, o que foi apoiado por lideranças da categoria
Marcada para este início de mês, a adesão à paralisação de caminhoneiros autônomos foi contraindicada pelo presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (FECAM-RS), André Luis Costa. Segundo ele, a decisão não foi das entidades, mas da categoria. O presidente da FECAM-RS explicou, em entrevista para a Tua Rádio Alvorada, que não é a entidade que é contra ou a favor do movimento, mas que, "dos onze sindicatos que existem no Rio Grande do Sul, nove são filiados à FECAM e a maioria deles apresentou o entendimento de que, na sua região, os sócios dos sindicatos não querem e não reconhecem a pauta como uma pauta possível."
Esse fator se juntou à presença de "lideranças estranhas à categoria" em meio à mobilização e a uma certa fadiga dos caminhoneiros autônomos. "Só neste ano foram 18 convocações de greve e a categoria já está um pouco cansada de ser barricada de trincheira", comenta André. Para o presidente da FECAM-RS, esse também não é o momento político para se provocar qualquer situação como esta. Isso porque, além da necessidade de a categoria continuar trabalhando para colocar comida na mesa, o governo obteve liminares judiciais que proibiram os bloqueios nas estradas (os chamados interditos proibitórios).
Amadurecimento
O presidente da FECAM-RS também sente um maior amadurecimento dos caminhoneiros autônomos. Conforme ele, a categoria "já entende que algumas postulações têm uma questão de fundo muito mais política do que prática". Ele defende que é necessário trabalhar para melhorar a estrutura logística, apresentando projetos que promovam a estabilização do preço do combustível e outras pautas de interesse. André complementa explicando que, com a pandemia, houve um atraso com algumas mercadorias e viagens e o caminhoneiro autônomo teve que agir também com essas adversidades.
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