A advogada marauense Luciana Tonial sonhava desde pequena em conhecer a Itália. A vontade partiu das histórias contadas pelos descendentes dela, principalmente do avô, Giácomo Tonial, que há muitos anos atrás atravessou o oceano atlântico, deixando a Itália para construir uma nova vida na américa do sul, especificamente no Brasil, em Marau.

E há três anos Luciana possui a cidadania italiana, sendo considerada uma ítalo-brasileira. Em entrevista no programa Temática da programação da Tua Rádio Alvorada, ela contou detalhadamente o processo que teve de ser feito para conseguir a cidadania italiana e como foi visitar a terra de onde a família Tonial surgiu.

Luciana realizou seu sonho de infância de conhecer a Itália. E não foi sozinha. Partiu a europa acompanhada do tio e do pai. O momento comovente de ligação as origens foi assim descrito por ela: “Nós chegamos lá e parece que a gente estava voltando a aquele lugar. É uma sensação de regresso. Ninguém tinha ido ainda. Nas palavras do meu pai ele disse estar voltando para casa”.

O processo em si é demorado e cheio de etapas como nos relata Luciana. “O que precisa para fazer a cidadania italiana: a certidão de nascimento do antepassado que veio da Itália. Além de vir esse documento nós precisamos traduzir ele para o português e colocar um selo que a gente chama de apostila de aia para ter reconhecimento aqui dentro, no território brasileiro. E depois, a gente vai em busca da certidão de casamento e de óbito. Então de posse desses documentos a gente vai buscando o de todas as pessoas até chegar naquela pessoa que quer o reconhecimento, que geralmente é a quarta ou quinta geração que estão buscando”, instrui Luciana.

Apesar de ser extremamente burocrático, Luciana afirma que é satisfatório o resultado final. “A cidadania italiana além dos benefícios que traz tem esse viés de reconhecimento ao esforço daqueles que vieram para buscar melhor condição de vida e isso é para mim a parte mais importante da conquista da cidadania italiana. É um sonho, é uma conquista, mas não é pessoal. Sim de todo sistema familiar”.