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Observatório econômico do Município de Marau: a 5ª melhor cidade de pequeno porte para se viver no Brasil

por Guilherme de Abreu

Texto de Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

Foto: Divulgação

No levantamento realizado pela Revista IstoÉ em nível nacional, atribuiu Marau-RS como a quinta cidade de pequeno porte do País, melhor para viver, com investigação realizada período de 2004 até 2014. Em termos gerais, Marau, emancipado em 1955, com uma área de 649 km2 e uma densidade demográfica de 58 habitantes-km2. Uma taxa de analfabetismo de 3,03%, e uma expectativa de vida ao nascer de 76 anos.

Sob um olhar real, isso representa um dinâmico modelo de gestão, parceria de poder público – poder privado que intitula ao nosso município esse prêmio. Interessante destacar que esse reconhecimento é reflexo de um comprometimento de todos os gestores públicos que aqui exerceram seu papel e bem como a vocação de cada empreendedor que escolheu Marau para desenvolver seu negócio e também a pessoas que aqui nasceram e as outras que de algum outro Município, Região, Estado ou País desembarcaram em busca de trabalhar, prosperar e progredir.

No início da investigação, em 2004 a população era de 32.000, em 2014 representou um aumento de 20% totalizando 40.429 habitantes. Essa atração de pessoas é influenciada pelas oportunidades econômicas, pelas liberdades políticas, pelos poderes sociais e por condições de possibilidade como boa saúde, educação básica e o incentivo e estímulo às suas iniciativas. Essas características constituem como elementos fundamentais para o progresso econômico. Esse fluxo populacional vem em busca de trabalho nas 1.400 empresas aqui instaladas, sendo 97% micro e pequenas empresas que empregam 40% da mão de obra local e 3% média e grandes empresas, empregando 60% do total da mão de obra.

Nesse sentido o mercado contribui para um elevado crescimento econômico em que a liberdade – que envolve os direitos humanos que vão além de trabalhar, mas sim, de ter novas condições que possibilitam a melhoria da vida - não é apenas um meio, é uma troca de transação em si mesma. Essa parte e porção das liberdades básicas a que as pessoas atribuem valor, que origina as formas de melhoria e qualidade de vida, baseados nas realizações pessoais e profissionais de cada um.

No que se refere à renda individual, 50% dos vínculos formais recebem até 2 salários mínimos. 42% dos empregados recebem de 2 até 5 salários mínimos e 8% recebem acima de 5 salários mínimos. Em relação à escolaridade, 8% dos vínculos formais são ocupados por pessoas com ensino fundamental incompleto, 20% são constituídos de ensino fundamental completo, 11% possuem ensino médio incompleto e 42% ensino médio completo. Os vínculos que empregam vagas com curso superior em andamento e completo representam 18%.

É através da geração de emprego e renda que gera crescimento econômico além de aumentar os rendimentos privados, permitem o alargamento dos serviços sociais, em que as oportunidades como educação pública ou os serviços de saúde contribuem para o desenvolvimento econômico. Isso faz com o Índice de Desenvolvimento Humano fator renda – que mede a capacidade dos habitantes de um determinado lugar de garantir um padrão de vida capaz de assegurar suas necessidades básicas, como água, alimento e moradia – ser 0,817, em uma escala de 0 a 1.

No que se refere à educação, o investimento público-privado concede a população de 31 escolas de educação infantil, 1 de educação especial, 18 de ensino fundamental, 4 escolas de ensino médio e 3 escolas de educação de jovens e adultos que fez prosperar 2 instituições de ensino superior. Na área da saúde conta com um complexo de 12 unidades da estratégia de saúde da família, 1 hospital, 1 posto de saúde.

Devido a esse fato, o índice de desenvolvimento humano fator saúde - o número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões de mortalidade observados no ano de referência. – é de 0,899. E o índice de desenvolvimento humano – fator educação - que acompanha a população em idade escolar em quatro momentos importantes da sua formação básica é de 0,752, ambos com escala de 0 a 1. Sendo assim, quando um município garante cuidados de saúde e educação pode conseguir resultados importantes em termos de duração e qualidade de vida a toda a população, tornando ações primordiais para o seu desenvolvimento.  

Sob o aspecto da força econômica, ressalta-se os setores que movimentam a economia local, analisado através do valor adicionado bruto, que consiste na riqueza que a empresa agrega durante seu processo operacional e a forma como é distribuído entre pessoal, financiadores de capital e governo. O valor adicionado total é de R$1.222.492, sendo que 44% correspondem à atividade industrial e ao setor de serviços, respectivamente e 12% o setor da agropecuária.

Dentre os principais indicadores socioeconômicos, o que se relaciona diretamente com o valor adicionado, é o Produto Interno Bruto – PIB que representa R$ 36.445, e revela toda a riqueza produzida no município.

Também destaca-se a importância do agronegócio na economia municipal com uma área de mais de 50 mil hectares dividido em 41 comunidades, representando o trabalho em 1. 250 propriedades, num conjunto de 4.800 pessoas. Dentre as principais culturas destaca-se produção de soja, milho, trigo, aveia, avicultura, suinocultura e atividade leiteira. Todas essas atividades econômicas contribuem para o município ser destaque na exportação que representa R$ 35. 278.393 e importações R$ 15.939.494, resultando um saldo positivo de R$ 19.338.899 na balança comercial municipal.

Convém destacar que em geral o município conta com 6 empresas exportadoras e 17 empresas importadoras, característicos de exportar manufatura e importar peças e máquinas e outros complementos tecnológicos. Outro setor que ganha destaque é a construção civil que modificou o espaço geográfico, com a constituição de 12 Bairros tradicionais compostas por zona mista, zona comercial, zona residencial, zona industrial conforme definidos em seu plano diretor. Dentro desses bairros conforme o crescimento populacional foram originados 69 loteamentos, constituindo um total médio de 11.000 moradias urbanas.

Também não se pode desconsiderar a importância dos investimentos públicos sociais que também destaca o município em nível nacional, o que com certeza será tema para futuros observatórios. Digo, que esse olhar não se limita nesse comentário, apenas foi uma síntese geral que constitui a economia do município atualmente e destaca-se a importância da atualização de banco de dados que possibilita a investigação e a comparação dos dados entre períodos e entre municípios da mesma categoria, ou com qualquer ente-federado.

 

Fonte de dados: Fundação de Economia e Estatística. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Desenvolvimento e Comércio. Ministério do Trabalho. Cadastro Geral e Empregados e Desempregados.

Texto: Rodrigo Ferneda

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