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A recessão que atinge a nação

por Guilherme de Abreu

Texto de Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

O país vem enfrentado problemas econômicos e financeiros que se alastra por décadas. A inflação e o descontrole das contas públicas é um entrave desde década de 1960 e estabilizou nos anos 1990 com a implantação do real e retornando nesse último ano.

Para um início de conversa, convém destacar que atualmente estamos passando por uma recessão e não por uma crise. A crise é originada por curto período de tempo de caráter menos estrutural em que existe retração negativa nos setores econômicos e nos meses seguintes apresenta crescimento mesmo que seja insignificante. Já recessão ocorre quando o PIB – produto interno bruto - apresenta resultados negativos por dois trimestres consecutivos, como também ocorre uma queda generalizada no nível de atividade econômica de indicadores como a produção industrial, as vendas do comércio, ou o mercado de trabalho revelam a retração ou tendência negativa.

O que pode provocar a queda na economia que gera recessão é a perda de confiança dos agentes economicos, adiando investimentos tanto por parte das empresas como o consumo por parte das famílias, ocorrendo à lógica se nao existe renda suficiente, reduz o consumo e logo reduz a produção industrial. Sob o ponto de vista econômico, a recessão tem duas vertentes: uma delas é que depois de uma expansão vem à retração, em que o principal objetivo é eliminar o excesso oportunismo gerado pelo sistema. As economias com redução desses excessos ficam mais fortalecidas para o próximo crescimento. De outro lado, nem sempre uma recessão vem acompanhando de grandes perdas e a mesma tem um lado positivo. Ela obriga as empresas a corrigirem a ineficiência que surgiu durante a fase de expansão.

Essa recessão ensina muitas pessoas e organizações a viverem, a dar valor econômico para as coisas e fatos que dão sustentação da renda e o faturamento. Isso não se deve atribuir a responsabilidade para empresas e consumidores apenas, mas sim, a falta de comprometimento do governo federal e o sistema político brasileiro pelo oportunizando que gera o superfaturamento e desvio de recursos, transformando em grandes fortunas ilícitas para um grupo de pessoas na sociedade, resultando em corrupção e má gestão de controle de gastos, que coloca as famílias brasileiras a beira de um caos no suprimento das necessidades básicas como saúde, educação, segurança. Como também as empresas pelo aumento dos impostos, custo operacional decorrente da burocracia, infraestrutura logística, e outros entraves que retardam o crescimento e desenvolvimento do setor empresarial brasileiro que é um dos mais lentos e burocráticos do mundo, funções estas que estão sob-responsabilidade do Governo Federal. Para complementar essa situação atribuem as causas ao prolongamento do aumento dos preços do combustível e energia elétrica, e crise de água no sudeste. Mas sabe-se que não é apenas isso.

De toda a história política e econômica brasileira essa é primeira recessão desde a implantação do plano real. Um reflexo é o desemprego que vem atingindo os setores econômicos. Aos que ainda permanecem com vínculo empregatício sofrem com a redução ou até mesmo parcelamento de salários. Outro problema que afeta os brasileiros é a escassez de crédito, a inflação devido à alta do dólar as importações ficam mais caras, e tornando os produtos internos mais caros. Outros fatores que interferem é a confiança do consumidor reduzida e a incerteza aumenta o que faz com que as pessoas preferem pagar dívidas ao invés de consumir, reduzindo o bem estar pessoal, como também realizar economias, mesmo com a manutenção de seus empregos.

As dificuldades políticas e a falta de perspectiva para os investimentos são apontadas como os maiores obstáculos para a retomada do crescimento da economia e que se permanecerá para os próximos dois anos conforme o IBGE (2015). A perspectiva para os próximos anos, de um primeiro momento cabe ao governo corrigir essas falhas por meio do ajuste fiscal – corte dos gastos do governo e aumento dos tributos - o que faz que não se identifique uma perspectiva de saída da recessão e também não se identifica um sinal de melhoria. Passado esse período de ajuste o governo pode retomar o crescimento com redução de juros, desoneração de impostos, aumento dos investimentos, fazendo com que atinja o pleno emprego e a circulação da moeda na economia.

 

Texto: Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

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