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CREAS realiza evento de conscientização sobre Maio Laranja

por João Pedro Varal Tartari

Momento terá atendimento especializado a crianças e jovens

Foto: Divulgação/Canva

Em alusão ao Maio Laranja, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) realiza a Campanha Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes. O momento acontecerá entre as 9h e as 16h da próxima quinta-feira, 18/05, na Praça Dr. Elpídio Fialho de Marau. 

Com presença da Secretaria Itinerante da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Social (SMTDES), o evento deve contar com confecção de carteiras de trabalho e realização de atendimentos individualizados. Também haverá espaço dedicado à orientação e ao ensinamento de técnicas de proteção contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 

Entidades e projetos do município também estarão no local. É o caso da Sala da Cidadania, do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), Cadastro Família Acolhedora Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Projeto Guarda-Chuva e Grupo de Atendimento Primeira Infância Melhor (PIM). 

A campanha é parte de um movimento nacional, como explica o coordenador do CREAS, Augusto Fassina. “Dia 18/05, agora, é o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, explica. A data surgiu por conta do Caso Araceli, menina de oito anos de idade que foi sequestrada, violentada e assassinada em Vitória/ES.  

Os réus demoraram 18 anos para serem julgados e foram absolvidos dos crimes. “Devido a essa falta de punição e a essa dificuldade de defesa da criança que se instituiu essa data para que a sociedade possa estar alerta e falando sobre este assunto.” 

Taxa preocupante 

De acordo com os números de atendimentos realizados pelo Conselho Tutelar de Marau em 2022, o município registrou cerca de dois casos de abusos sexuais a cada mês do ano. A taxa preocupa, mas esconde um fato importante com relação ao comportamento dessas violências. 

Augusto explica que há um momento em que os casos de abuso e exploração sexual registram crescimento. “Aumentos ocorrem, principalmente, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. São épocas de festas, época de Carnaval, que acabam tendo um maior número de situações que envolvem exploração de crianças em questões de cunho sexual.” 

Os traumas deixam consequências psicológicas. “A gente percebe, assim, que as crianças que vivenciaram essas situações em sua infância, têm dificuldades de relacionamentos na adolescência, de convivência com a própria família. Algumas acabam até fugindo de suas casas. [Elas estão] sempre com uma sensação de inquietude e ansiedade, dificuldade de se manter no local de emprego, de confiança no outro.”   

Sinais do abuso 

É possível identificar casos dessa violência por alterações na forma de agir das crianças. “Muda o comportamento”, comenta Augusto, reforçando que é “importante observar se essa criança está começando a ficar mais afastada, mais recolhida, mais silenciosa, sem se comunicar muito com os demais, querer ficar mais distante daquele tio, daquela tia, ou do avô”. 

Se forem identificadas possíveis situações de abuso e exploração, deve-se buscar o Conselho Tutelar, a Delegacia de Polícia (DP) ou o Ministério Público. Para atendimento especializado é possível contatar o CREAS – diretamente ou por telefonema. Se for melhor manter o sigilo, o contato é com o Disque-100. 

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