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Estado monitora ocorrência de esporos da ferrugem asiática da soja

por Ana Lúcia Jacomini

Elder Dal Prá, que chefiava o escritório da Emater de Marau, é um dos coordenadores do estudo

Programa vai auxiliar na tomada de decições e na racionalização no uso de fungicidas
Foto: Divulgação/Emater

Desde a safra passada, a Emater vem desenvolvendo um programa, em conjunto com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e em parceria com diversas instituições e entidades de ensino e pesquisa, para o monitoramento da ocorrência de esporos de ferrugem asiática da soja, causada por um fungo. O trabalho é feito nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, como estratégia para o manejo da doença.

O programa é coordenado pelo engenheiro agrônomo fiscal estadual agropecuário Ricardo Augusto Felicetti, pela doutora em fitopalogia, Andreia Mara Rotta de Oliveira, e pelo engenheiro agrônomo e extensionista rural, Elder Dal Prá - que até o final do ano passado comandava o escritório da Emater de Marau. Da região, uma das instituições parceiras do monitoramento, é a Universidade de Passo Fundo.

Segundo Dal Prá, o programa visa auxiliar na tomada de decisão e contribuir com a racionalização no uso de fungicidas, na redução do impacto ambiental e do custo de produção das lavouras de soja. Além disso, explica ele, objetiva integrar os dados obtidos no monitoramento de esporos com informações relativas às condições meteorológicas (precipitação pluvial, temperatura e molhamento foliar), que podem ser utilizadas para a escolha da melhor estratégia de manejo da ferrugem.

O programa é executado, nesta safra, por meio da instalação de coletores de esporos em 24 lavouras de soja de todo o Estado, georreferenciadas e caracterizadas como unidades de referência dos programas de Manejo Integrado de Pragas e Manejo Integrado de Doenças. Na safra passada, os coletores também foram instalados em 24 lavouras, com o objetivo de realizar um estudo piloto de monitoramento da ocorrência de esporos nas regiões produtoras, as quais também serão base de referência nesta safra.

“O coletor é constituído por uma haste de ferro com base para fixação no solo. Acoplado na haste há um tubo alongado e cilíndrico de PVC.  Neste, é inserido um suporte para instalação de uma lâmina de vidro para microscopia, na qual é colada fita adesiva dupla face, para capturar os esporos trazidos pelos ventos. A lâmina de cada coletor será substituída uma vez por semana pelos técnicos da Emater, acondicionadas e encaminhadas para os laboratórios das instituições que fazem parte do programa, para análise e determinação da presença de esporos”, explica Dal Prá.

Com o objetivo de subsidiar os estudos epidemiológicos e o monitoramento do fungo, além da data da detecção, serão registrados os dados da localização georreferenciada, dados meteorológicos, cultivar, data da emergência, data da detecção dos primeiros uredosporos, data da primeira aplicação de fungicidas para ferrugem, e número de dias da emergência até a primeira aplicação e número total de aplicação de fungicidas. Os resultados serão disponibilizados pelas instituições, através do site do programa, que estará disponível em algumas semanas.

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