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Setor Leiteiro tem queda significativa na quantidade de produtores

Baixar Áudio por Liliana Trentini

Em Marau, são 76 famílias que têm potencial para deixar o setor leiteiro

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/EBC

O setor leiteiro vem sofrendo quedas em relação a quantidade de produtores, como consta no Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado pela Emater/ RS. Entre 2017 e 2019, no Rio Grande do Sul, o número de produtores de leite vinculados à indústria caiu em 22%. E nos últimos quatro anos, o número de produtores encolheu em quase 40%.

O Rio Grande do Sul não é o único estado em que ocorre esta queda, conforme afirma Elder Dal Prá, chefe do escritório da Emater de Marau. Uma das tendências que se percebe nesse setor, segundo ele, é o envelhecimento da população. Neste caso um envelhecimento sem sucessão familiar. Por exemplo, em 2019 a Emater de Marau atendeu o mesmo número de idosos do que de adultos. Ainda segundo ele, a produção de leite na região de Marau não diminuiu, mas sim houve queda no número de produtores.

A diminuição está concentrada, principalmente nos produtores pequenos, que produzem menos do que 50 litros por dia. Inclusive, em Marau são 15% dos produtores que alcançam menos de 50 litros de leite por dia. Ou seja, são 76 famílias que têm potencial para deixar o meio rural, explica Dal Prá. Através do último censo agropecuário, pode-se perceber a desistência das famílias em Marau: antes eram 1.369 famílias e agora o número está em 1.170 famílias, que persistem na produção leiteira. Há quatro anos eram 800 produtores em Marau e hoje são 498, com produção até 50 litros/dia. Com produção de 130 litros/dia são 248 produtores.

O presidente da Regional Sindical dos Trabalhadores Rurais, Nauro Nizzola, também destaca que haverá mais desistência dos produtores, mas não significa que haverá diminuição na quantidade de produção do leite. Ou seja, antigamente os produtores tinham uma produção de cinco ou seis litros por vaca cada dia e hoje a média, em Marau e Casca, está em 22 litros por vaca/dia. Desse modo, a tendência é de que serão mais animais nas propriedades e bem mais preparados tanto na questão genética quanto de nutrição. “Serão poucos produzindo em escala, e esses que vão acreditar e ficar na atividade, a expectativa é que terão êxito no segmento”, ressaltou Nauro.

Ouça a entrevista completa no player de áudio.

 

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