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Estudante de Santo Antônio do Palma realiza pesquisa para melhorar conserva da silagem

Baixar Áudio por João Pedro Varal Tartari

Douglas Koakoski é acadêmico do curso de Agronomia da CESURG

Foto: Camila Agostini/Tua Rádio Alvorada

Um problema comum de propriedades agrícolas que produzem leite e carne, a perda da silagem pode ter uma solução em processo. É o que tenta descobrir o acadêmico do curso de Agronomia da CESURG, Douglas Koakoski. Ele desenvolve, como pesquisa de conclusão da faculdade, uma análise a respeito dos impactos do uso de ozônio na conservação da silagem de milho. 

Em entrevista concedida à Tua Rádio nesta segunda-feira, 10/10, ele contou que a ideia surgiu motivada pela proximidade com a área. “Estava com uma ideia de fazer um experimento em cima da silagem, por já trabalha, na propriedade, nesse ramo”, conta. 

O projeto de Douglas é orientado pelo professor do curso de Agronomia e médico veterinário, Tiago Bordin, que também esteve nos estúdios da Tua Rádio. Segundo ele, a silagem de milho é bastante comum na região e no Brasil. Ele ainda explica que o processo de ensilagem “é a utilização de uma planta de milho picada e armazenada num silo para que ela seja aproveitada em épocas em que essa cultura não está disponível, de escassez de alimentação”. 

“A utilização de ozônio como técnica de conservação em silagem de milho, ela não existe na literatura”, afirma Tiago. Ele segue dizendo que, se a técnica tiver resultados positivos, ela pode resolver um grande problema da pecuária local e nacional. “Hoje a gente tem perdas durante o processo de conservação da silagem que elas são muito grandes e que trazem muito prejuízo para as propriedades de leite e de corte de todo o mundo.” 

“Hoje o que a gente orienta é ser mais preciso no processo de ensilagem”, relata o professor – afirmando que não há medidas muito concretas para prevenir os danos. “Podem ser perdas de quantidade, então, chegou no final do silo, 10%, 20%, 15%... Enfim, tu teve perdas de material devido ao apodrecimento, à presença de mofo, que deixa [a silagem] imprópria ao consumo do animal.” 

Passo a passo

Em conversa, Douglas contou os passos que seguiu na pesquisa. De primeiro momento, ele relata que seguiu o procedimento padrão do plantio do milho, incluindo controle necessário para insetos e ferrugem no milho. “Após isso, fiz o corte do milho, realizei a moagem dele, e, no dia da moagem, nós fizemos ensilagem do material picado juntamente com ozônio.” 

O professor Tiago destaca que o processo utilizado é simples. Ele explica que, basicamente, o processo incluiria introduzir o ozônio dentro do material que vai ser inoculado, além de utilizar sacos apropriados para o processo de ensilagem. A armazenagem foi realizada dentro do porão da casa. 

Resultados

A pesquisa ainda está sendo desenvolvida e, portanto, ainda não possui nenhum resultado. À Tua Rádio, Douglas afirmou que resultados concretizados devem chegar apenas no mês de novembro.  

O acadêmico explica que “falta fazer a coleta dos resultados, as leituras deles e, depois, acabar a descrição do trabalho”. A abertura do material deve ser realizada no decorrer da próxima semana. 

O médico veterinário explica que os resultados da pesquisa poderão trazer informações mais precisas sobre o processo. “Tabelamos a quantidade da dose em cima de tempos, então além de avaliar o efeito do ozônio, a gente vai ter uma ideia de qual que é a dose mais correta.” A coleta também permitirá verificar se vai ter alguma interferência em pH, humidade, padrão fermentativo e composição bromatológica.


Para ouvir a entrevista com Douglas Koakoski e Tiago Bordin, clique em 'ouvir notícia'. O botão com acesso para o áudio está localizado acima da foto.  

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