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Amaca promove palestra com profissionais da Embrapa de Passo Fundo

por Ana Lúcia Jacomini

Na região, a insituição dedica-se à pesquisa em torno do trigo

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/Blog AGROPRO

A Sala do Agronegócio da Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária de Marau – Amaca, realiza painel sobre a escarificação do solo e as plantas descompactadoras, na próxima terça-feira,13/03. Será no auditório da Acim, a partir das 19h. Os palestrantes serão Jorge Lemainski e José Eloir Denardin – ambos da Embrapa Trigo de Passo Fundo. A escarificação do solo é um processo de preparação para o plantio em que o agricultor utiliza um equipamento chamado escarificador, composto por hastes mecânicas que penetram e revolvem o solo. O método é utilizado em solos compactados pelo tráfego intenso de máquinas agrícolas pesadas.

RENTABILIDADE NO TRIGO

A Embrapa Trigo participou da Expodireto apontando alternativas para melhorar a rentabilidade e a liquidez do trigo na Região Sul. Além de cultivares direcionadas a diferentes mercados, também foram apresentadas alternativas para reduzir custos de produção. Na Embrapa, as linhas de melhoramento genético de trigo foram direcionadas para atender os diferentes mercados consumidores. Em síntese, foram apresentados trigos para a panificação (BRS Parrudo e BRS Marcante), trigo para biscoito (BRS 374), trigo branqueador (BRS 327), trigo para exportação (BRS Reponte) e trigos para a alimentação animal (BRS Tarumã e BRS Pastoreio).

No Rio Grande do Sul, a produção de trigo é maior do que o consumo local, geralmente resultando num excedente que acaba tendo baixa liquidez no mercado brasileiro. Com o objetivo de criar alternativas para essa situação, a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS) demandou à Embrapa Trigo apoio no desenvolvimento e validação de um sistema de produção de trigo destinado à exportação, visando menor risco e maior retorno econômico possível ao produtor.

Frente ao problema, a Embrapa e a Fecoagro/RS articularam uma rede de validação do sistema de trigo para exportação, envolvendo cooperativas no Rio Grande do Sul: Coopatrigo (São Luiz Gonzaga), Cotricampo (Campo Novo), Cotrirosa (Santa Rosa) e Cotripal (Panambi); além da  Embrapa Trigo (Coxilha). Em cada local, foi caracterizado o manejo (insumos e práticas culturais) utilizado pela maioria dos produtores de trigo e definidos ajustes em práticas como adubação de semeadura e cobertura, densidade de semeadura e uso de defensivos. Também, foi testada a substituição da cultivar em uso na região por material com características de potencial produtivo, rusticidade e qualidade tecnológica mais apropriada para o sistema de trigo exportação.

Os resultados das validações em cada cooperativa demonstraram que os ajustes no manejo e em escolha de cultivares com foco no sistema para exportação permitiram reduções médias no custo de produção de 8,98% a 18,7% na safra 2016 e de 8,8% a 24,3% na safra 2017 com manutenção dos níveis de rendimento de grãos. Além disso, na maioria das situações, que envolveram uma safra favorável (2016) e outra desfavorável (2017), os ajustes realizados com foco no trigo exportação aumentaram a receita líquida ou reduziram as perdas em relação ao sistema utilizado tradicionalmente.

Do ponto de vista de qualidade tecnológica, na maioria das situações, os parâmetros obtidos foram compatíveis com as exigências para exportação, com valores superiores a peso do hectolitro 78, número de queda acima de 300, teor de proteínas totais nos grãos acima de 12% e força de glúten com valores em faixa aceitável para exportação (que caracterizam trigos das classes comerciais Básico ou Doméstico).

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