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Produtores rurais são alertados sobre riscos da tuberculose e da brucelose bovina

por Ana Lúcia Jacomini

Evento foi promovido pela Coasa

Palestras foram assistidas por mais de 70 produtores de leite da região
Foto: Divulgação/Coasa

Não é de hoje que campanhas reforçam a importância da prevenção e cuidados para se evitar a contaminação com tuberculose e brucelose bovina. Ambas são doenças que além da diminuição da efetividade do rebanho, causam riscos à saúde humana. Nesta semana, produtores rurais ligados à área de leite da Coasa, estiveram reunidos para discutir o assunto. Na ocasião, cerca de 70 produtores de leite da microrregião esclareceram suas dúvidas. O encontro alertou sobre casos recentes da doença na região.

Um dos palestrantes, Leonardo Dametto, mestre em medicina veterinária, contou que seu estudo, realizado durante conclusão do mestrado, revelou que até 30% do rebanho regional é positivo pra doença. Segundo ele, se for comparado aos índices do estado que é 0,72% para tuberculose e 0,17% para brucelose, a realidade da região é muito preocupante. Produtores ligados a Coasa, podem realizar exames de detecção o vírus de forma gratuita. Dametto lembra ainda que em caso de contaminação, o animal deve ser eliminado e o proprietário pode entrar com processo na Inspetoria Veterinária, para receber indenização.

De acordo com a enfermeira Júlia Esperotto Flores, existe tratamento tanto para tuberculose quanto para a brucelose em humanos, através do SUS, mas os sintomas são difíceis de serem detectados. Segundo ela, é importante que ao ser contaminado por um animal positivo, a pessoa procure imediatamente uma  Unidade de Saúde.

A tuberculose é a doença infectocontagiosa que mais provoca mortes em humanos: em 2016, foram relatados 10,4 milhões de casos, que ocasionaram 1,6 milhões de óbitos. Uma das grandes causas da transmissão da tuberculose para os humanos é o consumo de carne, leite e seus derivados contaminados pelo agente. No Brasil, a prevalência média no rebanho bovino é de 2,64%, e, no estado, em 2016, a prevalência ficou em 2,84%.

Já no que refere à brucelose humana, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são diagnosticados cerca de 500 mil casos no mundo, a maioria com origem em animais. Os programas de controle e erradicação da brucelose bovina têm um efeito importante sobre a redução da incidência da brucelose humana. A ocorrência maior é no gado de leite dos países da América Latina, onde os prejuízos anuais são de cerca de US$ 600 milhões. A taxa de mortalidade decorrente da brucelose é baixa em humanos, inferior a 2%, contudo, ela causa várias sequelas, como abortos e problemas de infertilidade, tanto no homem quanto na mulher. 

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