Nigéria: um ano sem nenhum novo caso de pólio
Rotarianos doaram US$688,5 milhões para combate à pólio em toda a África.
O Rotary tem desempenhado um papel importante para alcançar essas metas. Os rotarianos têm dedicado seu tempo e recursos pessoais para manter as crianças protegidas contra esta doença, imunizando-as, doando dinheiro, levantando fundos e incitando os governos a apoiar a causa.
O Rotary lançou a primeira iniciativa para imunizar todas as crianças contra a pólio em 1985. Desde então, os associados do Rotary têm sido incansáveis na sua liderança para acabar com essa doença, doando tempo e recursos pessoais para proteger as crianças em todos os lugares.
Confira o comunicado do presidente do Rotary International "Ravi"Ravindran:
Temos o prazer de relatar a Nigéria completa um ano sem nenhum novo caso do vírus selvagem da pólio.
Este é o período mais longo sem casos da doença no país e um passo essencial para a erradicação da poliomielite na África. Há apenas uma década, a pólio afetava 12.631 pessoas no continente - o equivalente a três quartos de todos os casos do mundo. Portanto, fizemos um tremendo progresso.
Os rotarianos doaram US$688,5 milhões para combate à pólio em toda a África, incluindo US$200 milhões para a Nigéria, e dedicaram incontáveis horas para vacinar crianças e garantir que tenham uma vida mais saudável e feliz.
Nosso trabalho com o programa Pólio Plus continuará dando frutos mesmo depois da erradicação da pólio.
Com a infraestrutura criada pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, a Nigéria não só reduziu os casos da doença em 90% em 2014, mas também combateu o maior surto de ebola já visto em apenas 90 dias - uma resposta mais rápida do que a dos Estados Unidos e muito elogiada pela Organização Mundial da Saúde.
A Iniciativa nos dá as diretrizes para chegarmos a todas as crianças com vacinas e intervenções de saúde. Este é um passo vital para o desenvolvimento humano, pois a melhoria da saúde pública significa que poderemos destinar mais recursos à educação e ao crescimento econômico.
Se os rígidos critérios da Organização Mundial da Saúde forem cumpridos, a Nigéria poderá ser retirada ainda este ano da lista de países onde o vírus da pólio continua endêmico.
No entanto, é importante lembrar que nosso trabalho não acabou. Sabemos que a pólio pode voltar facilmente se não erradicarmos a doença completamente.
Devemos entrar em ação para continuar progredindo até alcançarmos nosso objetivo. Se não aproveitarmos este oportunidade única, a doença poderá voltar a se alastrar e contagiar até 200.000 pessoas por ano.
Como podemos acabar com a pólio de uma vez por todas?
Em primeiro lugar, devemos manter o progresso alcançado na Nigéria e apoiar o Paquistão e o Afeganistão, os dois outros países endêmicos.
Manter o progresso significa aumentar os níveis de vigilância, imunização de rotina e engajamento comunitário na Nigéria e em outros países onde a transmissão já foi contida.
Apoiar o Paquistão e o Afeganistão significa pleno compromisso político e financeiro para a erradicação da pólio, vacinação de todas as crianças destes países, vigilância redobrada e implementação de todas as recomendações feitas pelos especialistas no Plano Estratégico da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio.
Acesse endpolio.org para baixar o kit de materiais que o ajudará a divulgar este progresso - e a necessidade do compromisso contínuo nos próximos anos - a Rotary Clubs, comunidades e governantes.
Isso tudo exige tempo, energia e investimento. Os requisitos orçamentários do Paquistão para as atividades de combate à pólio de 2016 a 2018 chegam a US$305,7 milhões. Se arrecadarmos este valor e erradicarmos a pólio, economizaremos US$50 bilhões nos próximos 20 anos e demonstraremos o que a comunidade global consegue alcançar quando se une em prol de uma causa tão importante como essa.
Sua doação para o Pólio Plus será equiparada na proporção de 2:1 pela Fundação Bill e Melinda Gates, triplicando o valor contribuído.
Há trinta anos nós prometemos que a pólio seria erradicada. Nossa promessa está mais próxima do que nunca de se concretizar. Não podemos desistir agora e precisamos do seu apoio.
Atenciosamente,
K.R. "Ravi" Ravindran, presidente do Rotary International
Ray Klinginsmith, chair da Fundação Rotária
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