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Deputados gaúchos falam sobre os trabalhos da Comissão do Impeachment

por Camila Agostini

Cinco parlamentares do Rio Grande do Sul integram a Comissão Especial

Foto: Divulgação

Desde a semana passada, quando a Justiça divulgou o conteúdo de interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a presidente Dilma Rousseff e também, após a nomeação de Lula para o cargo de Ministro – agora suspensa, o que era apenas uma expectativa se transformou em realidade e o processo de impeachment da presidente já tramita no Congresso Nacional. 

A presidente é acusada de crimes de responsabilidade no mandato passado. As irregularidades se referem às chamadas "pedaladas fiscais", uma prática atribuída ao governo de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária, o que atentaria contra a probidade da administração e contra a lei do orçamento.

No dia 17 de março, foi eleita, a comissão de deputados que dará o parecer do impeachment. A medida que autoriza o trabalho da comissão é apenas um primeiro passo. A partir de agora, o pedido de afastamento da presidente será analisado e Dilma Rousseff terá um prazo para se defender. Na sequência, a comissão dará um parecer a favor ou contra a abertura do processo, que será votado em plenário. Se aprovado o parecer com votação de dois terços dos deputados, a presidente será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado.

A comissão do Impeachment é formada por 65 deputados indicados pelos respectivos líderes de bancadas, de acordo com o tamanho dos partidos na Câmara. Cinco parlamentares do Rio Grande do Sul integram a comissão.

A reportagem da Rádio Alvorada conversou com os deputados da bancada gaúcha que têm a missão de colaborar com esse processo.

Aliado do Governo, o deputado Henrique Fontana entende que o Impeachment da presidente Dilma Rousseff representa uma reação dos setores da oposição que, segundo o parlamentar,  buscam um "atalho" para o poder por meio de um "golpe disfarçado".

Nessa mesma linha de raciocínio, o também petista Pepe Vargas diz que os deputados da comissão devem se ater à uma denúncia de crime de responsabilidade na execução do orçamento de 2015 e que por isso, permitir o afastamento da presidente Dilma sem provas de que há mesmo irregularidades a serem julgadas, é o mesmo que defender posições golpistas

O progressista Jerônimo Goergen antecipou que seu voto é pela aprovação do impechment. O deputado espera que a comissão possa concluir os trabalhos até o mês de maio.

Osmar Terra, do PMDB, classificou o momento como um período de desordem de um governo que não governa.

Por ora, o deputado Luiz Carlos Busatto, do PTB, não confirmou se aprova ou não o pedido de Impeachment.

Importante destacar que o que existe no momento é uma denúncia que passará pelo crivo da comissão especial, responsável pela elaboração de parecer sobre o julgamento da presidente. Ainda serão ouvidas testemunhas, poderão ser realizadas diligências, e Dilma Rousseff poderá apresentar sua defesa.

Ouça os depoimentos em reportagem especial disponível no player de áudio.

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