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Deputados gaúchos comentam sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma Rousseff

por Ivan Sgarabotto

São necessários os votos de dois terços dos total de deputados (513), em plenário, para autorizar o processo de impeachment, que, se aprovado, seguirá para o Senado

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta sexta-feira em entrevistas concedidas para a Rádio São Francisco, emissora geradora da RedeSul de Rádio, os deputados gaúchos Henrique Fontana (PT), Onyx Lorenzoni (DEM) e o Presidente da Câmara durante o processo de impeachment de Fernando Collor (em 1992), o Deputado Estadual do PMDB, Ibsen Pinheiro, falaram sobre o processo de impeachment da presidente.

O vice-líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, o Deputado Federal Henrique Fontana, disse que este processo de crise na política é muito ruim para o país. Conforme o deputado, isto acontece desde outubro do ano passado, quando ocorreu as eleições. "Uma regra fundamental e a mais importante de todas na democracia, é que a única maneira de chegar ao poder é através do voto da maioria da população. Nós temos uma parte da oposição, que infelizmente vem promovendo o terceiro turno com uma tentativa permanente de instabilizar o país, sem reconhecer o resultado eleitoral". (Confira aqui)

De acordo com o Henrique Fontana, eles estão tranquilos com este round desta disputa. "Todas as outras vencemos e haveremos de manter o respeito a democracia também nessa, a começar pela ilegitimidade deste pedido. A primeira assinatura do pedido de impeachment, que na verdade é a organização de um golpe constitucional, que de impeachment não tem nada. O impeachment só pode ocorrer quando o chefe do poder executivo, no caso a presidente eventualmente tivesse cometido um crime. “

Conforme o vice-líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana, a presidente Dilma Rousseff não só durante o seu mandato presidencial, mas em toda a sua vida pública é em exemplo de honestidade e honradez. “Jamais desviou 10 centavos que fosse dinheiro público, não responde a um único processo, não foi condenada por um único crime. Então o que se procura é inventar um ambiente político e justificar politicamente este golpe institucional”.

O Deputado Federal Onyx Lorenzoni (DEM), diz que a oposição está tratando o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff com muita responsabilidade. Segundo o deputado federal, “lamentavelmente o presidencialismo brasileiro não tem saídas fáceis para a situação que como nós nos encontramos”. (Acompanhe aqui)

Para o deputado Lorenzoni, a administração de Dilma Rousseff não possui credibilidade e confiança. “O governo perdeu completamente a credibilidade, não tem confiabilidade por conta dos próprios erros que cometeu, por conta dos próprios crimes que fez, sejam eles em dar suporte ao que foi feito na Petrobrás, ou seja, o comandante geral é responsável sim por quem ele manteve no comando e como ele manteve as pessoas no comando, como por exemplo a Petrobrás, a Sete Brasil, a Eletronuclear, o Dnit. Não faltam triste e lamentavelmente os casos de corrupção, a mancharem e macularem este governo, além do que, nós temos também todo o processo de irresponsabilidade fiscal de como o governo se conduziu”.

O Presidente da Câmara dos Deputados durante o processo de impeachment de Fernando Collor (em 1992), o Deputado Estadual do PMDB, Ibsen Pinheiro, também comentou sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e ele relembrou como foi o período do primeiro impeachment no país. (Ouça aqui)

Uma Comissão Especial para analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff será composta por 65 deputados. O PSDB terá seis cadeiras no colegiado e o bloco que compõe, junto com PSB, PPS e PV, totalizará 12 vagas. O bloco comandado pelo PT, que é integrado ainda pelo PSD, PR, PROS e PCdoB, terá 19 vagas, das quais oito são do partido do governo. O PMDB terá oito representantes. O bloco formado pela legenda e pelo PP, PTB, DEM, PRB, SDD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEM, PRTB tem 25 integrantes.

Com o início dos trabalhos da comissão, a presidente será notificada e terá o prazo de dez sessões do plenário para apresentar a sua defesa. A comissão especial terá, a partir dessa defesa, cinco sessões do plenário para votar o parecer. Caso o colegiado decida pelo prosseguimento das investigações, o parecer precisará passar pelo crivo do plenário. Para ser aprovado, são necessários dois terços dos votos da Casa (342). A partir deste momento, Dilma teria que ser afastada do comando do país por até 180 dias. Neste período, o Senado julgaria a presidente.

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