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Campanha incentiva vacinação contra HPV

por Andressa Boeira

Meninas de nove a 13 anos são o público-alvo

Foto: Carolina Antoniazzi/Divulgação/CR

Desde a segunda-feira 4, o Ministério da Saúde realiza mobilização nacional para estimular meninas de nove a 13 anos a fazerem a vacina de prevenção contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), responsável pela maioria dos casos de câncer de colo do útero. A campanha segue até 15 de abril, no entanto, a vacina fica disponível nos postos da rede pública de saúde durante todo o ano.

A meta é vacinar pelo menos 80% das meninas (1,7 milhão de garotas) de nove anos, público-alvo da campanha, e também incentivar aquelas de dez a 13 anos de idade que ainda não receberam a vacina ou não completaram o esquema vacinal, a procurarem os postos de saúde para a imunização.

A prevenção ao HPV é feita em duas doses injetáveis. A primeira, preferencialmente, deve ser recebida nos meses de março e abril; a segunda, seis meses após a dose inicial. Segundo o Ministério da Saúde, a proteção ao câncer só é garantida se todas as doses forem aplicadas.

HIV/Aids - Além das adolescentes de nove a 13 anos, devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids, com idade de nove a 26 anos. Atualmente existem no Brasil cerca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivendo com HIV e Aids. Para estas, o esquema vacinal requer três doses. A segunda deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a dose inicial.
A vacina adotada pelo Ministério da Saúde é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos de HPV (6; 11; 16 e 18), os mais comumente envolvidos com o desenvolvimento do câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal. Previne também lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecções causadas pelo HPV, contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade.

 

O câncer

O câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais frequentes entre as mulheres brasileiras e a quarta causa de morte na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. Receber a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer. Portanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo (Papanicolau) e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para o filho no momento do parto.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 70% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Estudos apontam que 265 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 16 mil novos casos e cerca de 5,4 mil óbitos no Brasil.

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