Está previsto para o próximo dia 14, às 19h30, o encontro da executiva municipal do Partido dos Trabalhadores que vai tratar da saída do vereador Kiko Girardi do PT. A reunião deverá ocorrer na casa de um dos dirigentes, já que o PT perdeu a sede que mantinha na rua Os 18 do Forte. Desde então, os encontros acontecem nas casas dos integrantes da executiva mensalmente.

A presidente do partido, Silvana Pirolli, afirma que a decisão de Kiko é um direito dele e nega que já exista uma definição do partido. "É uma decisão pessoal! Após a reunião o PT  se pronunciará a respeito. Qualquer decisão deve passar pelas instâncias partidárias", disse. (Acompanhe em áudio).

Ainda assim, filiados afirmam que o jurídico da sigla já tem a ação de decretação de perda de cargo eletivo pronta para ingresso judicial. A partir do dia em que Kiko se filiar, o PT terá 30 dias para se manifestar solicitando a vaga no legislativo.

O vereador Kiko vai ingressar no PSD e, assim, se a Justiça entender que a vaga pertence ao partido que o elegeu, a cadeira pode ficar com a ex-vereadora Ana Corso (PT), suplente seguinte. No entanto, Kiko entende estar bem embasado juridicamente para a saída com garantia de continuidade do mandato.

A intenção de Kiko é efetuar o ato simbólico de filiação ao PSD no sábado (05), com a presença do vice-governador, José Paulo Cairoli, e Danrlei em Caxias do Sul e, depois, abrir a nova bancada na Câmara a partir de segunda-feira (07).

Mais dois casos de saídas de partido ocorreram nesta legislatura, mas nenhum no formato do caso do vereador Kiko. Daniel Guerra ingressou no PRB, mas depois de ter sido expulso do PSDB. Neri saiu do DEM, mas aproveitou a formação do novo partido, o Solidariedade, que liberou brechas para a troca.