‘Vivemos um momento triste para a profissão’, afirma presidente do Sindicato dos Jornalistas
Milton Simas lamenta prisão de repórter gaúcho e processos contra paranaenses
A recente detenção de um repórter do “Jornal Já”, de Porto Alegre, durante a cobertura da ocupação de um prédio público, na capital gaúcha, colocou o Sindicato dos Jornalistas em alerta. O presidente da entidade, Milton Simas, acredita que o momento é de tristeza para o exercício da profissão.
Entrevistado pela RedeSul de Rádio, Simas recordou que outros dois casos chamaram a atenção nos últimos dias. No Paraná, repórteres da “Gazeta do Povo” estão sendo processados depois de publicar uma matéria sobre os supersalários de juízes e promotores. Já em Rio Grande, na Zona Sul, um repórter do “Jornal Agora” foi agredido verbalmente por um vereador após a publicação de uma reportagem sobre as diárias do legislativo riograndino. (Acompanhe, em áudio)
O elevado número de mortes de jornalistas no exercício da profissão também preocupa o sindicato gaúcho. Dados da Abert (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão) revelam oito mortes de jornalistas em 2015, tornando o Brasil o quinto país mais perigoso para a profissão entre os pesquisados. De acordo com Simas, um cenário que dificulta a luta por um país democrático.
Na próxima sexta e sábado, dias 26 e 27 de junho, Caxias do Sul recebe o 37º Congresso Estadual dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. O evento, que ocorre na Câmara de Vereadores, debaterá o impacto das redes sociais nas redações e assessorias de imprensa.
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