Promover ações que empoderam, representam e valorizam a luta e a ancestralidade da mulher negra. Este é o intuito do núcleo de Criadoras Negras RS ao lançar o evento Mulheres Negras em Foco, em Caxias do Sul. A ação multicultural que envolve os mais diversos tipos de artes, economia solidária e feminismo ocorre neste sábado, 10, a partir das 15h, no Centro de Cultura Ordovás. A entrada é gratuita.

PROGRAMAÇÃO:

15h - Exibição de cinema na Sala Ulysses Geremia - dos premiados filmes KBELA e Elekô, na estreia do Cineclube Adelia Sampaio, projeto de exibição de filmografia africana e da Diáspora a ser realizado uma vez por mês nas cidades de Porto Alegre e Caxias do Sul.

16h - Roda de conversa sobre os filmes e, também, sobre autorepresentatividade, empoderamento, produção das mulheres negras, feminismo negro e temas abrangentes.

A partir das 17h -

- Sarau poético "Brasil de Todas as Áfricas" com multi atividades, na área externa do Centro De Cultura Ordovás, confira:

- Coletivo Nóis Por Nóis (CXS) recebe Mulheres de Pedra (RJ);

- Microfone aberto deliberadamente;

- Maracatu Baque dos Bugres;

- DJ Roberta Costa (Pitaco Musical RJ);

- DJ Sandra Rosa (GO - CXS);

- Dança para corpos diversos, Roberta Spader;

- Sabar África - Grupo de tambores africanos;

- Banda Maragá.

21h - Show de encerramento com Seresteiros do Luar, no Zarabatana Café Bar.

Mais:

- Feira preta de economia solidária com: Espaço Áwọ̀, Nga Bunitta Acessórios e Estética Afro, Nêganagô, Senegal, Ser Negão, Ser Legal e outros;

- Exposiçao Varal de Literatura de cordel feminista negro e empoderado de Jarid Arraes, mulher negra nordestina;

- Exposição de artes plásticas dos artistas senegaleses Ousmane Mathurin Ndiaye e Dame Ada.

SOBRE O CINECLUBE ADELIA SAMPAIO

O Cineclube Adelia Sampaio é uma promoção do núcleo Criadoras Negras RS e surge com o objetivo de exibir e discutir as filmografias africanas e os filmes realizados na diáspora. Seu nome homenageia a cineasta brasileira Adelia Sampaio, primeira mulher negra a dirigir um longa metragem no país.

Nesta sessão será exibida os curta-metragens Elekô e Kbela.

Elekô é um fio de poesia vermelha conduzindo a experiência audiovisual de fazer‐se e afirmar‐se na loucura das condições de ser negra. Olhando a história a partir do porto, reconhecer e afirmar as potências e a beleza. Parir do próprio sofrimento um horizonte de liberdade, apoio e colaboração. Encontrar na presença de outras mulheres a força do feminino e o sagrado sentido de ser, até poder celebrar a vida, em fêmea comunhão e sociedade. É produzido e dirigido pelo coletivo Mulheres de Pedra, da cidade do Rio de Janeiro.  Teaser: http://goo.gl/ItqueG

KBELA, de Yasmin Thayná, retorna a Porto Alegre após sessão memorável em 2015. O filme busca refletir sobre o lugar da mulher negra na sociedade contemporânea, os atuais padrões de beleza, sua expressão, autoimagem e identidade. Definido pela produção como: uma experiência sobre ser mulher e tornar-se negra, uma sequência de metáforas presentes no cotidiano de boa parte das mulheres negras do mundo.

Teaser: http://goo.gl/pSqqG3

Após a exibição dos filmes haverá uma roda de conversa com o núcleo de Criadoras Negras RS, o coletivo Mulheres de Pedra e Silvana Bahia, coordenadora de comunicação de Kbela e colaboradora do AFROFLIX, plataforma que disponibiliza conteúdos audiovisuais online de produções que possuem pelo menos uma área de atuação técnica/artística assinada por uma pessoa negra.

SOBRE AS CRIADORAS NEGRAS

Fundado em 2016, o núcleo criativo é formado por mulheres negras com as mais diversas formações e vivências. O que temos em comum e o que nos une é o desejo de dar visibilidade e voz à nossa identidade de matriz africana.

Viabilizamos o intercâmbio entre as diversidades profissionais, possibilitando a troca de conhecimento e experiências entre as criadoras, a fim de colaborar para o empoderamento e aprimoramento pessoal e profissional das mulheres negras, dentro do Núcleo Criativo quanto às demais mulheres negras que serão alcançadas por ele.

O Criadoras Negras tem como objetivo fortalecer a etnicidade, promovendo o reconhecimento positivo e a valorização do negro nos mais variados segmentos artísticos. Queremos romper com a centralização cultural eurocêntrica na qual a sociedade sulista encontra-se submersa, a fim de contribuir para a redução dos processos discriminatórios ainda existentes em nossa sociedade.