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Dupla Ca-Ju em 50 momentos

Daniel Ribeiro e Rafael Zanol

Texto de Daniel Ribeiro e Rafael Zanol, alunos do Curso de Jornalismo da UCS

Foto: Divulgação

Nem só de títulos se constrói um clube. E a dupla Ca-Ju tem muitas histórias para relembrar. Sabia que os times já foram apenas um? E que o Caxias foi o primeiro clube do interior gaúcho a disputar uma edição do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil? E que o Felipão já jogou no Juventude?

Confira nesta linha do tempo sobre os últimos 50 anos dos times, fatos, curiosidades e personagens que fizeram - e fazem - parte dessa trajetória.

1967 – Flamengo era rebaixado, pela segunda vez, até então, para a segunda
divisão do Campeonato Gaúcho. Por uma mudança no regulamento da competição,
no entanto, que aumentava o número de participantes na primeira divisão, o
descenso acabou não acontecendo.

1969 – Flamengo conquistava, pela primeira vez, o título de campeão do Interior do
Campeonato Gaúcho. O time grená havia se classificado com a segunda melhor
campanha para o octogonal decisivo. Sob o comando do técnico Pastelão, o time
ficou atrás apenas do campeão Inter e do vice Grêmio.

1971 – No mês de outubro deste ano, acontecia o último Fla-Ju da história. Um
empate em zero a zero marcou a data.

1972 – Devido à crise financeira que viviam os clubes, era criada a Associação
Caxias de Futebol (ACF). A organização selou a união dos departamentos de futebol
de Flamengo e Juventude. Neste mesmo ano, em 21 de fevereiro, a TV Difusora fazia a cobertura da partida entre ACF e Grêmio, na primeira transmissão em cores realizada no Brasil. O confronto, realizado no Estádio Baixada Rubra, acabou sem gols e foi válido pela Copa Festa da Uva.

1974 – Após dois anos sendo construído, sob a liderança do Presidente Willy
Sanvitto, o novo estádio do Juventude era inaugurado. A nova casa do alviverde
levou o nome de Alfredo Jaconi, considerado um dos maiores jogadores da história
do clube.

1975 – Terminava a parceria entre os dois clubes da cidade. A partir disso, ficou
determinado que o Caxias voltaria a usar as cores grená, azul e branco. Nascia,
então, a Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul.

1976 – Caxias fazia história e era o primeiro clube do Interior do Rio Grande do Sul a
disputar uma edição do Campeonato Brasileiro. A equipe grená terminou a competição, que tinha 62 equipes, em 23º lugar. No mesmo ano, o confronto contra o Inter marcava a inauguração do Estádio Centenário. O clube grená venceu por 2 a 1, com gols de Osmar e Bebeto. Em 28 de março deste ano, acontecia o primeiro clássico Ca-Ju. No Alfredo Jaconi, as equipes não saíram do 0 a 0.

1977 – Juventude, por ter ganhado a Copa Governador nas temporadas de 1975 e 1976, disputava o Campeonato Brasileiro pela primeira vez.

1978 – Caxias tornava-se bicampeão do Interior, de forma consecutiva. Na década de 70, o clube já havia ganhado o título outras três vezes.

1979 – O último ano de uma grande década da história do Caxias também teve o maior público de um clássico Ca-Ju. No Centenário, 16.249 pessoas assistiram um empate em zero entre os times.

1980 – Luiz Felipe Scolari, um dos grandes ícones da história do Caxias, deixava o time após oito temporadas. Felipão se transferiu para o Juventude, onde jogou por alguns meses. Em seguida, foi para o Novo Hamburgo.

1982 – Juventude embarcava para uma excursão à Ásia. Após 36 dias fora do Brasil, disputou seis jogos e seis vitórias, com 11 gols feitos e apenas dois sofridos. O treinador da equipe era Luiz Felipe Scolari, futuro técnico pentacampeão do mundo com a seleção brasileira.

1984 – Tite, agora técnico da seleção, saía do Caxias após disputar mais de 120 partidas com a equipe grená. O ex-meia se transferiu para o Esportivo, de Bento Gonçalves.

1986 – Após 20 anos sem vencer o título de campeão do Interior, o Juventude voltava a ganhar a taça. Foi o maior jejum deste título que viveu o time.

1991 – O Caxias tornava-se o primeiro clube do Interior do Rio Grande do Sul a disputar a Copa do Brasil. O time foi eliminado nas oitavas de final, pelo Goiás.

1993 - Juventude assinava contrato de co-gestão com a Parmalat. A empresa firmou acordo com a equipe pelo comando do departamento de futebol. Durante a parceria, que se encerrou em 2000, o Juventude conquistou seus principais títulos. No Caxias, o time de juniores levantava o troféu do Campeonato Gaúcho da categoria. A decisão do título ocorreu através de um quadrangular, no qual o clube grená enfrentou Inter, Novo Hamburgo e Juventude. Washington foi o artilheiro da competição, marcando 11 gols.

1994 - Juventude conquistava a Série B do Campeonato Brasileiro. Na final, contra o Goiás, em duas partidas, o placar agregado em 3 a 3 garantiu o título ao Juventude,
pela melhor campanha nas fases anteriores da competição.

1996 - Juventude fazia boa campanha no Gauchão, mas acabou perdendo para o Grêmio na final pelo placar de 4 a 0, em jogo realizado no Estádio Olímpico, ficando
com o vice-campeonato. O Caxias era campeão da Copa Daltro Menezes, competição disputada entre 10 equipes do Rio Grande do Sul. Com o título, levou um ponto extra para o Campeonato Gaúcho do ano seguinte.

1997 - Juventude terminava na quinta colocação do Campeonato Brasileiro e se classificava à Copa Conmebol, atual Taça Sul-Americana.

1998 - Juventude era campeão invicto do Gauchão. Na decisão, o adversário foi o Internacional e o Juventude praticamente decidiu o campeonato na primeira partida, vencendo por 3 a 1 no Alfredo Jaconi, com dois gols de Flávio e um de Lauro. No
jogo de volta, o Juventude suportou a pressão, segurou o placar de 0 a 0 e levantou
o troféu. O Caxias vencia a seleção da Jamaica em jogo amistoso realizado no Estádio Centenário, pelo placar de 1 a 0. Naquele ano, a seleção jamaicana faria sua primeira participação em copas do mundo, mas em Caxias do Sul, sofreu com um
gol marcado pelo lateral esquerdo grená, Luciano.

1999 - Juventude era campeão da Copa do Brasil e se classificava à Copa Libertadores do ano seguinte. Na decisão, o papo teve pela frente o Botafogo. No jogo de ida, o Juventude, com apenas 21 minutos de jogo, abriu 2 a 0, com gols de Fernando e Márcio Mixirica, e somente ao final do jogo o Botafogo marcou, com Bebeto, deixando a partida em 2 a 1. Na volta, no Rio de Janeiro, em um Maracanã com mais de 100 mil pessoas, o Juventude segurou o placar em 0 a 0 e garantiu o título inédito.

2000 - Caxias sagrava-se campeão do Campeonato Gaúcho, vencendo o Grêmio na decisão. Mesmo com craques em campo, o tricolor foi derrotado no jogo de ida pela equipe grená, treinada pelo técnico Tite, pelo placar de 3 a 0, com gols de Gil Baiano, Ivair e Márcio Hahn. Na volta, no Estádio Olímpico, o Caxias segurou o 0 a 0, com direito a pênalti defendido por Gilmar Dal Pozzo, em cobrança de Ronaldinho Gaúcho, garantindo a festa grená. O Juventude disputava a Libertadores da América pela primeira vez na história, mas acabou sendo eliminado ainda na fase de grupos, ficando em terceiro do grupo, que ainda contava com Palmeiras, El Nacional e The Strongest.

2001 - Caxias ficava na terceira colocação final do quadrangular final da Série B do Campeonato Brasileiro, num ano em que se classificavam somente dois à primeira divisão nacional. Na partida decisiva, o Caxias enfrentou o Figueirense. Com o placar de 1 a 0 para os catarinenses, a partida tinha três minutos de acréscimo, mas terminou aos 45 do segundo tempo após invasão da torcida do Figueirense. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF julgou o caso e decidiu manter o resultado.

2002 - Alfredo Jaconi recebia o maior público em um estádio de Caxias do Sul. O jogo entre Juventude e Grêmio, válido pelas quartas de final do Brasileirão, recebeu 27.740 pagantes. O Grêmio venceu a partida pelo placar de 1 a 0.

2004 - Juventude terminava a Série A do Brasileirão em 7º e, com isso, garantia vaga na Copa Sul-Americana. Ao final do campeonato, o time alviverde somou 70 pontos, após 46 jogos disputados.

2005 - Juventude disputava a Copa Sul-Americana e a conquistava a única vitória de times gaúchos na edição da competição continental desse ano. No Mineirão, o Juventude venceu a equipe do Cruzeiro pelo placar de 1 a 0. O Caxias era rebaixado para a Série C do Brasileirão no ano em que completava 70 anos de existência. Com 22 equipes disputando a competição, o Caxias terminou na lanterna, somando somente 16 pontos após 21 jogos.

2007 - Juventude era rebaixado para a Série B do Brasileirão. Quebrando uma sequência de 13 anos consecutivos na elite nacional, o Juventude encerrou a campanha na Série A com 41 pontos marcados em 39 partidas.

2008 - O volante Lauro completava 500 jogos pelo Juventude. No dia 4 de maio de 2008, o ex-jogador chegava à marca histórica defendendo as cores verde e branco, justamente em uma final de Campeonato Gaúcho, contra o Internacional. No total, foram 572 jogos pelo Juventude.

2009 - Juventude era rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro. Após perder para o Guarani, pelo placar de 2 a 1, em Campinas, foi confirmada a 17ª colocação final da tabela da Série B, com 44 pontos.

2010 - Juventude era rebaixado para a Série D do Brasileirão. Com oito jogos disputados no campeonato, o papo encerrou sua participação somando apenas oito pontos, ficando na lanterna do Grupo D da primeira fase. Na base, o Juventude realizava um ano de glórias, ao ser campeão do Gauchão sub-20, vencendo o Caxias na final. O Caxias conquistava o título do Interior no Gauchão, de forma antecipada, ainda na fase classificatória da competição, ao vencer o São Luiz, no Estádio 19 de Outubro, em Ijuí, por 2 a 0.

2011 - Juventude era campeão da Copa Laci Ughini, derrotando o Lajeadense na final. No jogo de ida, no Alfredo Jaconi, somente empatou em 2 a 2, mas fora de casa, em Lajeado, recuperou o placar e venceu por 2 a 1. Com o título, o Juventude se garantia na Série D do Brasileirão do ano seguinte.

2012 - Juventude era campeão da Copa Hélio Dourado, ao vencer o Brasil de Pelotas na final. Na ida, o Juventude venceu por 2 a 1 no Alfredo Jaconi. No jogo final, no Bento Freitas, o 0 a 0 decretou o título alviverde. Com isso, novamente ganhou vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro. O Caxias conquistava a Taça Piratini, o primeiro turno do Gauchão. Na final derrotou o Novo Hamburgo nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Devido ao título, jogou a final do Campeonato Gaúcho, mas perdeu para o Internacional e ficou com o vice.

2013 - Juventude completava 100 anos de história e era vice-campeão da Série D. Na decisão da quarta divisão nacional, contra o Botafogo-PB, o alviverde saiu na frente, vencendo o jogo de ida no Alfredo Jaconi por 2 a 1. Na volta, em João Pessoa, o Juventude saiu derrotado por 2 a 0, ficando com o vice-campeonato. A segunda colocação geral colocou o Juventude na Série C do ano seguinte.

2014 - Juventude conquistava o título da Copa Região Serrana. Enfrentando o Veranópolis na final, o Juventude sobrou em campo, vencendo por 3 a 1 na partida de ida e por 4 a 1 na volta.

2015 - Caxias acumulava dois rebaixamentos, caindo para a Divisão de Acesso do Gauchão e para a Série D do Brasileirão.

2016 - Caxias era campeão da Divisão de Acesso gaúcha e voltava à elite do futebol do Estado. No mesmo ano, por não conseguir classificação à Série C brasileira, ficou sem divisão para o ano seguinte. O Caxias ganhava a Copa Larry Pinto de Faria. No jogo final, o grená venceu o Ypiranga, em Erechim, por 3 a 2, e ficou com o título, mesmo após perder o jogo  de ida por 2 a 1.

2017 - Juventude volta a disputar a Série B do Brasileirão, oito anos depois da última
participação. O Caxias, no ano em que voltou à primeira divisão do Campeonato Gaúcho, sagrou-se campeão do Interior.

A história contada

Além de marcar os clubes, esses momentos ficaram eternizados na memória
de quem presenciava. Não somente ex-jogadores, mas também ilustres torcedores
que faziam do time parte da sua vida, contribuíram para a consolidação desta
paixão, que colore as ruas de Caxias do Sul. Histórias, como essas e tantas outras, que fazem do futebol algo muito maior que apenas “alguns homens correndo atrás de uma bola”. Nossa dupla Ca-Ju mostra-se resiliente em meio a uma esfera em que o dinheiro é colocado acima do jogo e do sentimento.

Washington Stecanela Cerqueira - “Coração Valente”

Para um dos maiores jogadores da história do Caxias, o atacante Washington, sua carreira teve um início marcante e gratificante. Ele foi artilheiro do Campeonato Gaúcho Juvenil, em 1991, e do Campeonato Gaúcho de Juniores, em 1993. “Foram momentos importantes. Iniciar a carreira com títulos é muito bom. Acabou deflagrando uma sequência de títulos ao Caxias”, afirma. Para ele, além dos títulos, um dos momentos mais marcantes foi seu jogo de despedida com a camisa grená. “Era um jogo no Centenário contra o Cruzeiro-MG, pela Copa do Brasil, estava sendo televisionado. O Tite era nosso treinador e eu pude marcar dois gols”, relembra.

Lauro Antonio Ferreira da Silva - “Laurinho Guerreiro”

Pelo Juventude, o torcedor e ex-volante Lauro, começou a fazer parte da equipe principal em 1991, aos 17 anos de idade, apenas dois anos após ter chegado ao clube. No time titular desde muito cedo, conquistou seu primeiro título em 1994, quando o Juventude sagrou-se campeão da Série B do Campeonato Brasileiro. Apesar do título precoce na titularidade alviverde, Lauro conta que ficou marcado pela final do Campeonato Gaúcho de 1998, na qual foi campeão. Na ocasião o papo venceu o Internacional por 3 a 1, e Lauro participou dos três gols, feito que ainda hoje rende boas lembranças. Porém, o momento mais marcante da carreira de Lauro, segundo o próprio jogador, é o título da Copa do Brasil, em 1999. “Essa conquista é o ápice do Lauro e do Juventude”, fala. Ele revela, ainda, que nunca esperou chegar a um número tão grande de jogos por um mesmo clube, e que tudo aconteceu ao natural. “Foi algo maravilhoso na minha vida, algo que vai ficar para sempre na minha memória”, conta.

Carlos Henrique Iotti - Torcedor grená

O cartunista Iotti, criador do personagem Radicci, um dos torcedores-símbolo do Caxias, é testemunha de várias fases do clube. Desde a criação da Associação Caxias de Futebol (ACF), até o ano de glória em 2000, quando conquistou o Campeonato Gaúcho. “Me lembro pouco dessa união dos clubes, eu era meio piá ainda. E não é que eu sou tão novo, mas também não sou tão velho assim”, brinca, para prosseguir: “Lembro bem de duas coisas: o primeiro jogo a cores transmitido no Brasil, foi ACF e Grêmio, na Festa da Uva. Assisti a esse jogo. Meu pai havia comprado uma TV colorida, que era uma coisa assim "Meu Deus do céu";. A torcida do Juventude corneteava (sic) os jogadores que eram do Flamengo, e os torcedores do Flamengo corneteavam os do Juventude”, conta. Iotti fala, também, sobre a época em que Felipão jogava no Caxias e lecionava aulas de educação física, na escola em que estudava. “Ele não era ruim como falam, ele era ríspido. Na época, o goleiro podia pegar na mão a bola que era atrasada. Cada vez que ele ia atrasar a bola pro Bagatini, era um frio na espinha da torcida. Até o Bagatini diz que as melhores defesas que ele fazia eram das bolas que o Felipão atrasava pra ele”, fala, aos risos. Sempre bem-humorado, recorda de uma partida contra o Paysandu, na qual o Caxias era derrotado por três a zero ainda no primeiro tempo e os torcedores já haviam perdido a paciência. “Eu pensei: ‘mas o que que é isso!’. Tinha gente indo embora, meu irmão quebrou a cadeira que estava sentado. Foi todo mundo embora, quebrando placa. Aí foi indo, 3 a 1, gol por gol, e no último minuto o cara do Caxias virou o jogo. Aquilo foi meio apoteótico. E eu fiquei até o final do jogo, com meu irmão que tinha quebrado a cadeira”, conta.

Márcio Serafini - Torcedor do papo

Ainda fora dos gramados, os anos de glórias do Juventude também foram marcantes para jornalistas, em especial para Márcio Serafini, profissional e torcedor do Juventude. Hoje coordenador da Rádio CBN Diário, em Florianópolis, conta bons momentos que teve enquanto trabalhou com o esporte em Caxias do Sul. Para Serafini, os acontecimentos mais marcantes foram as conquistas de Gauchão, em 1998, e Copa do Brasil, em 1999, pelo lado alviverde. "Foram os anos mágicos do clube"; diz. Sobre a conquista da Copa do Brasil, o jornalista fala que foi um acontecimento jamais esperado. Recorda a vitória sobre o Corinthians nas oitavas de final, no ano em que o clube paulista sagrava-se bicampeão brasileiro, e também a própria final contra o Botafogo, no período que trabalhava como editor de esportes no jornal Pioneiro. "Quando o Juventude venceu o primeiro jogo da decisão, em Caxias,
pensamos em colocar o Cristo Redentor com a camisa do Juventude na capa, mas
nada estava decidido, então colocamos o Monumento ao Imigrante. Após o jogo de
volta, no Rio de Janeiro, sim, o Cristo foi para a capa vestido de verde e branco”,
relembra.

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