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Estudantes e professores protestam na Câmara de Caxias contra alteração na carreira do magistério

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Objetivo foi pressionar os vereadores para que cobrem dos deputados estaduais um posicionamento contrário ao pacote de reformas do governo Eduardo Leite

Foto: Isadora Martins

A manhã desta quinta-feira (21) foi de protestos na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Estudantes, professores e funcionários de escolas estaduais, se reuniram no Legislativo caxiense para cobrar um posicionamento dos vereadores quanto à situação dos professores do estado diante da iminente aprovação do pacote de reformas do governo Eduardo Leite, que já foi encaminhado para a Assembleia Legislativa.  

Anderson Borges, presidente do grêmio estudantil da escola Cristóvão de Mendoza reivindicou na tribuna os direitos dos professores e o repúdio à medida proposta pelo governo do estado. “A gente não se sente prejudicado por ter o professor de greve, mas a gente se sente prejudicado por não ter um professor que não é valorizado. Então estamos aqui para solicitar que os senhores pressionem a câmara de deputados porque nós estamos aqui para mostramos que somos pela educação e estamos cansados de ver professores com salários parcelados” destacou.

As bancadas do PT, PDT, PSB, PCdoB, PR, e PSD alinharam discurso contra a proposta de reformas na carreira dos professores. Os demais vereadores do MDB, Solidariedade, PP defenderam a retirada do regime de urgência do pacote de reformas para se ter mais tempo para a discussão.  

O vereador Paulo Périco (MDB) levantou um questionamento aos presentes para que façam a cobrança também dos poderes Legislativo e Judiciário diante da situação financeira calamitosa do estado. “A questão é que somente um dos três entes do estado arrecada e é o único que paga, que é o Executivo. Outros dois não arrecadam absolutamente nada e só recebem, que são os poderes Judiciário e Legislativo. E  digo, o CPERS deveria pedir para esses dois poderes porque eles não participam, porque os salários deles não são parcelados?”, questionou.  

A vereadora Paula Ioris que é do mesmo partido do governador Eduardo Leite (PSDB), utilizou a tribuna para explicar o porquê da medida tomada pelo chefe do Executivo estadual. Segundo ela, a ação é necessária para conter os gastos com a folha para que sobre mais dinheiro para os investimentos necessários em outras áreas e na própria educação: “Hoje, 82% do que o estado arrecada é direcionado para a folha de pagamento. O resto é para arrumar as escolas que não estão sendo arrumadas, é para arrumar as estradas que não estão sendo arrumadas. Só que isso foi sendo construído ao longo do tempo, não foi uma coisa que se formou agora”.  

O pacote do governo não altera regras apenas para os professores, mas também para os servidores da área da segurança e de outras áreas do executivo.  Porém, a categoria se sente uma das mais prejudicadas, pois um dos Projetos de Lei que compõe o pacote altera o plano de carreira do magistério estabelecido na lei 6.672, de 1974, que o governo argumenta ter se tornado arcaica a partir das mudanças ocorridas ao longo das últimas quase cinco décadas. Os professores argumentam que as propostas do Executivo promovem a diminuição dos salários devido ao fim dos triênios, das alterações em gratificações e adicionais, por exemplo. Ainda não há data definida para votação do pacote na Assembleia Legislativa, mas a expectativa do governo é de que seja votado ainda neste ano.

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