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Censo Escolar 2020 mostra que mais de 300 escolas estaduais do RS não possuem banheiro e somente 26% têm água potável

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Secretaria Estadual da Educação afirma que estão ocorrendo investimentos para adequação das estruturas

Foto: Divulgação / Agência Preview

O CPERS-Sindicato divulgou nesta semana dados coletados por meio do Censo Escolar 2020 que apontam que das 2.410 escolas da rede estadual de educação, somente 26,2% têm água potável. O levantamento também revelou que 328 instituições não possuem banheiro em suas dependências.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que realizou a análise dos dados também destacou que 86,3% das escolas contam com abastecimento da rede pública, mas que não há garantias de que a água seja apropriada ao consumo humano. Outro dado é a falta de esgotamento sanitário em mais de 45% das escolas gaúchas. O Censo também mostrou que 69,8% das instituições não possuem banheiro adaptado ao uso de alunos(as) com deficiência ou mobilidade reduzida.

As informações foram publicadas em meio às negociações sobre o retorno das aulas presenciais na rede pública de educação mesmo com a permanência do cenário da pandemia do coronavírus. Conforme a 1ª vice-presidente do CPERS, Solange da Silva Carvalho, a falta de estrutura básica como a disponibilidade de água potável e banheiros pode contribuir para aumento de casos da doença se as escolas voltarem presencialmente: “A falta desses elementos na escola é um fator que pode contribuir muito, se as escolas voltarem presencialmente e sem vacinação, para um aumento da contaminação por Covid. Porque como você faz uma sanitização em um lugar que não tem água suficiente ou de boa qualidade, ou mesmo que tenham banheiro funcionando. Essa é a realidade de várias escolas no Rio Grande do Sul”, salientou.   

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que foram realizados investimentos extras para adequação da estrutura das escolas e compra de EPIs para retorno seguro em formato híbrido (com aulas online e presenciais). Veja a nota na íntegra:

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que as estruturas das escolas da Rede Estadual de Ensino apresentam condições para a realização de aulas presenciais. No caso de instituições de ensino que apresentem problemas estruturais, a equipe diretiva deve comunicar à respectiva Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para o devido encaminhamento dos reparos junto à Seduc.

No retorno do modelo híbrido de ensino em 2020, o Estado realizou um investimento extra na ordem de R$ 270 milhões para aprendizagem, capacitação, aquisição de equipamentos de proteção e materiais de desinfecção e contratação de professores e profissionais de apoio (serventes e merendeiras).

Somente para a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), foram investidos R$ 15,3 milhões. Estes materiais e toda a estrutura montada pelo Estado serão utilizadas no ano letivo de 2021.”

 

Categoria exige vacinação para retorno presencial das aulas

Solange também afirmou que o CPERS-Sindicato está pressionando o governo estadual para que a vacinação dos professores e funcionários das escolas ocorra antes do retorno presencial do ensino. “Para ter um retorno seguro é preciso que haja a vacinação de professores e funcionários. Infelizmente nem todas as vacinas foram testadas em crianças e adolescentes. Mas a nossa categoria corre um risco enorme se ficarmos em sala de aula, mesmo que seja um número reduzido de alunos, porque teremos uma grande movimentação de alunos, professores e funcionários e tem profissionais que lecionam em mais de uma instituição. Isso pode gerar um grande aumento dos casos de Covid-19, até porque muitas crianças e adolescentes são assintomáticos podendo contaminar os professores, funcionários e suas famílias”, disse.

A entidade já encaminhou um ofício ao governo estadual solicitando a antecipação da vacinação da categoria. No próximo sábado (13) haverá uma reunião a nível nacional com representantes de sindicatos e deputados federais para solicitar que o Governo Federal compre mais vacinas e faça uma campanha para vacinação dos educadores.

Ouça a entrevista completa no link acima da foto. 

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