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CPERS defende retorno das aulas na rede pública estadual somente após estabilização da pandemia

por Isadora Helena Martins

Conforme presidente da entidade, as escolas não têm estrutura para garantir distanciamento e outras medidas de proteção aos professores, estudantes e funcionários

Foto: Divulgação / Foto: Alina Souza/ Palácio Piratini

Conforme a última decisão do governador Eduardo Leite referente ao ensino público do Rio Grande do Sul, as aulas permanecem suspensas durante todo este mês de maio. A expectativa anunciada pelo governo do Estado é de que as atividades escolares presenciais sejam retomadas em junho. Porém, o CPERS Sindicado, que representa os professores e funcionários da rede estadual de ensino, defende que o retorno das aulas ocorra somente quando a pandemia do novo coronavírus estiver controlada e não apresentar mais risco aos professores, funcionários e alunos.

No total, são mais de 42 mil professores e 800 mil alunos, além de funcionários, que frequentam diariamente as escolas da rede pública estadual em todo o RS. Diante da grande movimentação de pessoas, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, questiona se o governo conseguirá fornecer máscaras, álcool em gel e garantir o distanciamento recomendado dentro das salas de aula. “Hoje as escolas não têm nenhuma estrutura pra isso. Veja bem, temos professores que compram folha de ofício para poder fazer as provas para seus alunos. A nossa pergunta é essa: terá álcool em gel para todos? Terá máscaras para serem trocadas de duas em duas horas? E teríamos que ter um agente de saúde em cada escola para aferir a temperatura dos estudantes, professores e funcionários para que as escolas não se tornem um polo de contaminação”, destacou.

Diminuição do benefício “Local de Exercício”

Durante entrevista na Tua Rádio São Francisco, a presidente do CPERS também questionou os cortes feitos pelo Estado nas gratificações de difícil acesso, agora chamadas de “Local de Exercício”. Segundo Helenir, a decisão que está respaldada na nova lei que alterou o plano de carreira do magistério prejudica muitos profissionais que atuam em locais distantes ou de alta periculosidade. “O governo retirou do [benefício] difícil acesso a questão da periculosidade, levando em conta a violência do local onde se encontram essas escolas. Isso nos causa muita preocupação porque se os professores não tiverem o mínimo de atrativo para lecionarem em escolas onde a violência é muito alta, nós corremos o risco de essas escolas ficarem sem professores para atenderem seus alunos”. Na próxima terça-feira (12) deve ocorrer uma reunião entre o CPERS e a Secretaria Estadual da Educação para tratar do tema.

Ouça a entrevista completa com Helenir Schürer AQUI.     

   

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