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Militares ajudarão no combate a indisciplina dos alunos, afirma diretora do Alexandre Zattera

Baixar Áudio por Rodrigo Fischer

Afirmação é sobre o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Colégio foi anunciado nesta semana

Divulgação da escola Alexandre Zattera como acolhedora do programa
Foto: Rodrigo Fischer/Divulgação

Em Caxias do Sul, a Escola Estadual de Ensino Médio Alexandre Zattera foi uma das 54 instituições brasileiras escolhidas para receber o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares a partir do ano que vem. O anúncio foi realizado, nesta semana, na sede da 4ª Coordenadoria Regional de Educação. Alvorada é o outro município gaúcho que vai acolher a iniciativa.

O projeto piloto foi idealizado pelo Governo Federal, definindo que duas cidades de cada estado do Brasil poderiam receber a ideia. No Rio Grande do Sul, o processo de seleção da cidade foi conduzido pela Secretaria de Educação do Estado (Seduc), que levou em conta o baixo desempenho da cidade no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e dados do Programa RS Seguro, que mostram os índices de vulnerabilidade social (como fatores de violência e da economia) em que o município se encontra. Esses dois critérios também foram usados para selecionar a escola de Caxias do Sul.  Para a Tua Rádio São Francisco, a diretora da Alexandre Zattera, Cristiane Modena, diz que a presença dos militares vai ajudar a combater a indisciplina dos estudantes, pois esse trabalho utiliza muito o tempo dos professores, o que reflete em problemas na saúde dos profissionais e os impede de focar na parte educacional. “A gente ta muito satisfeito com a notícia. É uma honra ser piloto desse projeto, que vai de encontro com nossas necessidades. Hoje em dia a indisciplina de nossos alunos toma conta do tempo de nossos professores, o que acaba impedindo de se dedicar em sua missão, que é de ensinar, muitas vezes tomando também a saúde dos profissionais. Pra nós é uma ajuda imensa, estamos com esperança para nossa educação.”, avalia.

Zona de violência e nota baixa no Ideb

Uma das especificações para a seleção do colégio, o Ideb, é um indicador que mede a qualidade do aprendizado nacional a cada dois anos, por meio do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que consiste na realização de provas de matemática e português para estudantes do 5º e do 9º ano e alunos do 3º ano do Ensino Médio, além de considerar a taxa de aprovação. A partir disso, é colocado uma meta de nota que as instituições devem alcançar. Desde 2007, quando foram inseridos os objetivos de pontuações, os alunos dos anos finais do ensino fundamental da Alexandre Zattera nunca bateram as metas estabelecidas. No último ano do Ideb, em 2017, eles alcançaram a nota de 4,6, sendo que necessitavam de um 6,2. No mesmo ano, os matriculados no ensino médio não realizaram as provas, pois o número de participantes foi insuficiente para a postagem dos resultados. Cristiane ainda afirma que a instituição está localizada em uma zona onde ocorrem muitos homicídios e tráfico de drogas, relatando que há estudantes que são assaltados em direção à escola. Por isso, é essencial a presença dos militares nos arredores. “Nós ficamos em uma zona de tráfico e de homicídios. Temos muitos alunos que são assaltados no caminho da escola para casa. O nosso maior problema é a insegurança. Éramos cobrados pelos pais sobre esse tema para que aja mais segurança na escola. A partir de agora, vamos conseguir atender essa demanda.”, ressalta.

Questionada sobre a expectativa de receber o programa no ano que vem, a diretora explica que a maior preocupação era saber se os militares atuariam dentro das salas de aula, interferindo na parte pedagógica. Segundo ela, isso não deve ocorrer, com os agentes apenas atuando nas questões disciplinares. “O que sabemos, até o momento, é que vai ser uma parceria, de que os militares devem atuar da porta da sala de aula para fora, sem interferências pedagógicas, nos auxiliando apenas nas partes disciplinares e na educação civil.”, revela.

Agora, o processo para a escolha da Alexandre Zattera está em fase de consulta popular. Até esta sexta-feira (04/10), a escola do bairro Desvio Rizzo pretende obter uma resposta positiva ou negativa da comunidade escolar quanto ao projeto, na forma do Círculo de Pais e Mestres (CPM), dos pais, dos alunos e dos professores.

(Ouça a matéria na aba "Ouvir notícia" abaixo da manchete).

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