Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
00:00:00
Igreja no Rádio
05:00:00
 
 

Gaúchos comemoram o Dia da Revolução Farroupilha

por Ivan Sgarabotto

Os festejos remetem ao aniversário da revolução que começou no dia 20 de setembro de 1835 e foi a mais longa guerra separatista da história do Brasil

Foto: Andréia Copini

No dia 20 de setembro, milhares de gaúchos participam dos festejos pelo Dia da Revolução Farroupilha. Por todo o Rio Grande do Sul, a data é comemorada com desfiles, acampamentos tradicionalistas, apresentações artísticas e outros eventos nos quaisa cultura gaúcha é exaltada.

Os festejos remetem ao aniversário da revolução que começou no dia 20 de setembro de 1835 e foi a mais longa guerra separatista da história do Brasil. A resistência da proclamada República Rio-Grandense diante do Império do Brasil, que durou quase dez anos, é lembrada com orgulho pelos que se identificam com o gauchismo e com os valores farroupilhas de Liberdade, Igualdade e Humanidade.

O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Nairo Callegaro, destaca que a comemoração é uma forma de resgatar e preservar valores que estavam presentes na proclamação da República Rio-Grandense pelo general Antônio de Souza Neto.

O presidente do MTG disse, ainda, que a celebração da Revolução Farroupilha é um evento da cultura brasileira. Para Callegaro é natural que cidadãos de cada estado brasileiro sintam orgulho de suas tradições e desejem mostrá-las para o resto do País.

No entanto, pesquisadores da história gaúcha afirmam que a percepção popular sobre os acontecimentos da Guerra dos Farrapos está distorcida.

O historiador e jornalista Juremir Machado da Silva, autor do livro História Regional da Infâmia: o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras, ou como se produzem os imaginários, afirma que a história está longe de ser o que a tradição propagou no imaginário popular. “Foi uma revolução de proprietários, uma revolta de fazendeiros. A população mais pobre simplesmente foi levada ‘de roldão’. Os negros foram usados como ‘bucha de canhão’ e, depois, foram traídos”, contou.

A percepção ‘romantizada’ dos gaúchos sobre o que foi a Guerra dos Farrapos levou Juremir a acreditar que as pessoas comemoram muito mais um certo 'mito' da vida no campo e das tradições gauchescas do que propriamente a história da revolução.

Por isso, apesar da visão crítica sobre o passado farroupilha, o jornalista e historiador não acha que as comemorações de 20 de setembro sejam reprováveis.

Com informações da Agência Brasil

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio São Francisco

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais