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Natal: acerte o itinerário!

Miguel Debiasi

A festa de Natal é de toda a humanidade. Para os cristãos o Natal é sempre momento de conversão pessoal e de celebração de fé em Deus Menino. Na noite de Natal celebra-se a encarnação de Deus que estabelece sua morada junto à humanidade. Independente de credo é preciso reconhecer o valor positivo do Natal. Eis o desafio para os cristãos.

A celebração litúrgica anual do nascimento de Jesus Cristo, no calendário da Igreja, acontece há 1660 anos. A escolha do dia 25 de dezembro para celebrar o Natal do Senhor aconteceu em 350 com o Papa Júlio I, e posteriormente a data foi oficializada como feriado. A partir desta data a celebração do Natal substituiu a festa pagã chamada Saturnália, que acontecia tradicionalmente entre os dias 17 e 25 de dezembro. A substituição visava aceitação da doutrina cristã entre os pagãos. Embora a celebração litúrgica tenha iniciado somente em 350, o Natal já era comemorado nas comunidades cristãs. Segundo os relatos da Escritura Sagrada, Natal é o cumprimento da promessa divina, a encarnação de Deus em Belém da Judéia, num estábulo (Lc 2,1-14; Mt 2,1-12; Jo 1,1-14).

Hoje, Natal é celebrar o nascimento do Senhor Jesus. Por isso escreve-se Natal com letra maiúscula, para representar a festa religiosa que celebra o nascimento de Jesus Cristo, centro da vida cristã. Atualmente o Natal precisa ser promovido nesta dimensão espiritual, de salvação da humanidade. Todos festejam este dia. Milhões de pessoas vão à Igreja celebrar a fé em Deus Menino. Famílias se reúnem para a ceia com parentes, amigos, pessoas próximas. Empresários e comerciantes festejam pela oportunidade de promover vendas. As crianças se alegram por ganharem presentes. Para outros o Papai Noel tornou-se a figura central da festa. Na verdade, o Natal envolve a todos: com seu mistério de salvação para os cristãos e para outros também tem significação positiva.

            Para o cristão celebrar a noite do nascimento do Senhor é oportunidade de crescimento espiritual. Assim como os Três Reis Magos empreenderam uma longa caminhada do Oriente para Belém da Judéia para adorar o Deus Menino, Natal é exatamente esta busca do Senhor. É abrir-se a um verdadeiro encontro com o Senhor. Em razão disto, o Natal convida a uma verdadeira mudança de vida. É oportunidade de crescimento em Deus que estabelece morada terrena. Assim, o melhor presente de Natal não é ouro, incenso e mirra, oferecidos pelos Reis Magos, mas a vontade humana de acolher Deus que vem salvar a humanidade. Distante deste sentido, os símbolos de Natal como a árvore, os presentes, as velas, as luzes, o presépio, as músicas e decorações perdem sua representação positiva.

Sobre o autor

Miguel Debiasi

Frade da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Mestre em Filosofia (Universidade do Vale dos Sinos – São Leopoldo/RS). Mestre em Teologia (Pontifícia Universidade Católica do RS - PUC/RS). Doutor em Teologia (Faculdades EST – São Leopoldo/RS).

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