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CPERS manifesta contrariedade às escolas cívico-militares no RS

Baixar Áudio por Ricardo Silva

Conforme professora, projeto coloca militares na gestão das escolas

Foto: Divulgação

Entidades de professores e trabalhadores da educação têm se manifestado de maneira contrária à implementação do programa de escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul. Uma dessas entidades é o CPERS, que representa os funcionários da educação no estado. Em entrevista à Tua Rádio Cacique, a professora e tesoureira geral do CPERS, Rosane Zan, explicou os motivos da oposição ao projeto.

"Fomos pegos de surpresa, no ano passado, quando esse projeto veio de cima para baixo, sem nenhum tipo de discussão", afirmou Rosane.

O projeto, defendido pelo deputado estadual Tenente-Coronel Zucco, é visto pelo CPERS como uma medida que desrespeita a legislação educacional brasileira. "Uma das nossas principais contrariedades é que desrespeita a LDB, porque coloca militares fazendo a gestão das escolas, algo que sempre foi responsabilidade dos professores", explicou Rosane.

A professora também destacou suposto cunho ideológico do projeto. " Esse tipo de escola proíbe a realização de eleições para as direções de escola e coloca o militar como gestor", destacou.

Rosane ressaltou que a solução para os problemas de disciplina e violência nas escolas não passa pela militarização, mas sim pelo investimento na educação pública e na valorização dos profissionais da educação. "

O CPERS entrou com uma ação na justiça para tentar impedir a implementação das escolas cívico-militares no estado.

Em Lagoa Vermelha, há uma escola municipal que segue o modelo cívico-militar. Nela, o policial da reserva está presente, mas não participa da gestão ou aulas.

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