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Delegado Norberto explica técnica policial que culminou com a prisão de responsável por feminicídio

por Ana Lúcia Jacomini

"Não somos o esquadrão da morte", disse ele em entrevista para a Tua Rádio

Foto: Divulgação

Os dois crimes que chocaram a comunidade de Marau no final de semana também colocaram em evidência, mais uma vez, a rápida resposta das autoridades policiais do município. Trabalhando em conjunto, Brigada Militar e Polícia Civil conseguiram deter e encaminhar para a prisão, todos os responsáveis.

No caso do latrocínio, ocorrido na madrugada do domingo, 21/01, dois homens foram presos após a polícia ter localizado o veículo usado na fuga, com auxílio das câmeras de videomonitoramento. Apenas as iniciais foram divulgadas pela polícia: C. B S. de 29 anos e S.T, de 24. Embora no depoimento um deles ter negado a participação no crime, o outro confessou terem matado Gabriel Pivotto de Simas, 30, na intenção de roubar seu carro.

De acordo com o Delegado Norberto Rodrigues, além da confissão, ambos foram reconhecidos por duas outras pessoas que estavam com Gabriel no momento do ocorrido. Durante a ação policial que culminou com a prisão, um dos homens investiu contra a polícia e durante luta corporal feriu um policial militar e um policial civil. Por fim, eles foram conduzidos ao Presídio Regional de Passo Fundo. Um terceiro envolvido e a arma utilizada no latrocínio, não foram localizados.

FEMINICÍDIO

Já pela parte da tarde um crime passional culminou com a morte de Claudete Portela Ferreira, 32 anos. O atirador foi seu marido, identificado como Carlos Henrique de Carvalho. Eles estavam em processo de separação, fato que o homem aparentemente não aceitava. Em entrevista para a Tua Rádio Alvorada, disponível no player, o Delegado Norberto Rodrigues diz que não se descarta a possibilidade de ele ter premeditado o crime, pois havia pouco tempo que tinha mudado seu status nas redes sociais para “viúvo”. No depoimento, o agressor ficou em silêncio e deverá se pronunciar em juízo. Ele já tinha passagem pela polícia por crimes envolvendo a Lei Maria da Penha.

Carvalho permaneceu no local do crime por quase seis horas, armado e negando-se a se entregar para a polícia. Forças especiais como POE e GATE foram acionados. Segundo o delegado Norberto Rodrigues, os policiais foram chamados quando um vizinho da vítima ouviu um disparo de arma de fogo. “Chegando ao local, o suspeito alegava que a vítima estava bem, apenas com um ferimento na perna por disparo da arma de fogo. Ele fingia conversar com a ex-companheira, ao mesmo tempo em conversava com a polícia”, conta o delegado. “Havia dúvidas sobre a condição da vítima e por isso a ocorrência foi conduzida como se ela estivesse viva em cárcere privado, foi por isso que não houve a invasão da casa”, explica Norberto.

“Após horas o indivíduo foi convencido a jogar a arma pela janela e sair da casa. Foi constatado que a vítima estava morta e o suspeito foi autuado em flagrante por feminicídio”, complementou o delegado. Um revólver calibre 38 foi apreendido. "Não somos o esquadrão da morte e o que queremos é que ele responda para a Justiça. Embora as pessoas tenham fome de que a gente responda de forma agressiva, é preciso entender que o papel das duas polícias - Civil e Militar - é levar para a Justiça aquelas pessoas que violam as leis criminais". O desfecho, embora trágico pela morte da mulher, foi o correto, segundo o delegado.

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