A Associação Brasileira de Proteína Animal, presidida pelo marauense Francisco Sérgio Turra, emitiu nota no início da tarde desta segunda-feira, 05/03, informando que apoia as investigações em relação às possíveis fraudes em análises laboratoriais, pontuadas na “Operação Trapaça”, terceira fase da Operação Carne Fraca. Um dos alvos da operação é a BRF – gigante do setor de aves.  

A Operação Trapaça aponta que cinco laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura e setores de análises do grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos. No Rio Grande do Sul foram cumpridos mandados apenas no município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari.

A nota da entidade diz que “como nas etapas anteriores, a ABPA, em nome de toda a cadeia produtiva, defende o correto levantamento de problemas e a exemplar punição aos envolvidos”. Mas alerta que “é importante, que os erros do passado não se tornem recorrentes: são situações ainda em investigação e pontuais, não uma situação generalizada”.

O documento, assinado por Turra, diz ainda que “vale ressaltar que os fatos que agora ganham notoriedade já vêm sendo amplamente investigados e resolvidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como informou a própria pasta. Ao mesmo tempo, há um esforço contínuo do Poder Público e da iniciativa privada pela transparência no processo produtivo. Programas de compliance foram estruturados e aplicados pelas diversas organizações envolvidas, como é o caso do Programa Agro Mais Integridade, do Mapa. O fato de auditores fiscais do ministério participarem desta Operação atesta a efetividade desses programas.”

Para os consumidores, a nota informa que não há riscos pois a investigação se relaciona com as análises de presença do grupo de salmonella spp, que são destruídas durante o cozimento dos alimentos.