Beber cerveja aumenta o número de picadas de mosquitos
Alguns especialistas alertam que a cerveja pode aumentar o número de picadas dos insetos e, com isso, a chance de infecção por vírus
O Brasil é um dos países que mais consomem cerveja no mundo, cerca de 70 litros por ano por pessoa. No verão se toma mais, porque para muita gente a estação mais quente do ano "pede" uma gelada. Especialistas alertam, porém, que esta bebida pode aumentar a chance de infecção pelos vírus da dengue, zika, chikungunya e malária.
A bebida aumenta o número de picadas dos insetos hematófagos transmissores de doenças em quem a consome, e, consequentemente o risco da doença.
Em dois estudos sobre o tema se notou um aumento significativo na atração dos insetos. Verificou-se também o estímulo ao voo dos mosquitos, efeito atribuído à dispersão do álcool pelo organismo com presença de etanol no suor. Os autores supuseram que com a cerveja haveria maior produção de cairomônios (as substâncias voláteis emanadas dos bebedores), que atrairia mais mosquitos.
Esses cairomônios e o álcool não são as únicas substâncias que aumentam o número de picadas. Há várias que atraem mosquitos, sendo as mais conhecidas o gás carbônico e o ácido láctico (liberado no suor), e certamente há outras que ocorrem naturalmente no corpo que os repelem.
Enquanto novas pesquisas não são realizadas, algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos. Evitar frequentar lugares onde os mosquitos circulam, como regiões próximas a cursos d'água ou jardins ou outras áreas infestadas pelos insetos é uma delas. Não usar roupas escuras quando for necessário ir até esses locais; utilizar repelentes, que devem ser aplicados sobre as roupas e não diretamente sobre a pele; manter a casa com telas, quando viver em áreas infestadas; e quando tiver ingerido bebidas alcoólicas ou no caso das gestantes redobrar os cuidados com os mosquitos são outras medidas que devem ser tomadas.
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