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"Eu fui morto e voltei vivo"

por Camila Agostini

Marauense de 84 anos recuperado da Covid-19 concede entrevista à Tua Rádio Alvorada

Foto: Arquivo / Hospital São Vicente de Paulo

“É uma dor indescritível”. Foi assim que Honorino Bassi tentou explicar um pouco do que sentiu enquanto esteve internado com a Covid-19. Ele e o filho, Alceu, foram os dois primeiros marauenses a receberem o diagnóstico da doença em Marau. No dia 23/03, depois dos primeiros atendimentos realizados no Hospital Cristo Redentor, ambos foram transferidos para Passo Fundo.

Os dois começaram a sentir os sintomas três dias antes de procurar por cuidados médicos. “Isso quase me matou. Levem a sério. Não é brincadeira”, relata Honorino que, assim como o filho, recebeu alta no dia 08/04, quando o HSVP – Hospital São Vicente de Paulo comemorava a recuperação dos primeiros pacientes contaminados pelo novo coronavírus atendidos na instituição de referência regional para os casos da pandemia.

Nesta terça-feira, 14/04, depois de quase um mês, o marauense, morador da comunidade e Laranjeira, deve voltar a ver a esposa, Verônica. Em quarentena, eles dividem a mesma casa, mas cada um em ambientes separados e com todas as medidas de precaução, distanciamento e isolamento que a situação requer. “Sinto vontade de abraçar todo mundo”, diz o idoso que em maio, completa 85 anos. “Vou comemorar duas vezes”, ele afirma.

Em entrevista à reportagem da Tua Rádio Alvorada, Honorino disse não suspeitar sobre as razões que podem ter desencadeado a contaminação. Ele não viajou, mas no início de março participou de evento com a presença de grande público. O fato faz pensar na importância do distanciamento social, que tem sido o apelo recorrente das autoridades de saúde nos últimos meses.

Diferente do que muitos ainda acreditam, os sintomas são severos. “Muita dor, em todo o corpo. Faltava ar. De tanto tossir parecia que arrebentava tudo por dentro. Me davam água e eu pensava que era soda”, lembra Honorino que agora se recupera, sem dores ou quaisquer sintomas. Clique aqui e ouça a íntegra da entrevista.

Feliz com a cura, o agricultor se emociona ao lembrar do tratamento, dos momentos de maior tensão e do carinho recebido, durante os 15 dias de internação, da equipe de profissionais que, no momento da alta hospitalar, se despediram dos marauenses com aplausos e lágrimas. Relembre o momento na galeria de vídeos.

Honorino Bassi, de 84 anos, e o filho, Alceu Antônio Bassi, de 61, foram os primeiros pacientes a chegar ao HSVP com diagnóstico para a covid-19. Da mesma forma, os dois também foram os primeiros a deixar a casa de saúde, livres da doença que mudou a rotina do mundo, desde que o novo vírus surgiu, na China, no final de 2019. “Eu fui morto e voltei vivo”, disse Honorino que, agora serve de inspiração para o enfrentamento da pandemia.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico do COE – Centro de Operações de Emergência Covid-19 de Marau, divulgado às 17h do dia 13/04, o município tem nove casos confirmados, incluindo um óbito, ocorrido no dia 09/04, altas hospitalares e demais testagens positivas.  Cinco pessoas são casos considerados suspeitos e aguardam pelos resultados dos testes. Outros cinco pacientes permanecem hospitalizados e 115 famílias estão em isolamento domiciliar por conta de sintomáticos respiratórios.  

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