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Justiça decreta falência da empresa Fertimar

por Ana Lúcia Jacomini

Administrador judicial passa a atuar no caso da empresa que fechou as portas em 2018 e deixou dívidas junto à centenas de produtores

Advogados que representam produtores concederam entrevista coletiva nesta segunda-feira
Foto: Camila Agostini/Tua Rádio

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, 29/04, os advogados Daniel Dallacort e Anderson Rodigueri, reafirmaram a sentença decretada pela Justiça que, no dia 15/04, reconheceu a falência da empresa Fertimar, de Vila Maria. Segundo os advogados, a decisão permite aos órgãos de segurança, como a Polícia Civil e o Ministério Público,  a investigação do caso, que desde o início do segundo semestre de 2018, gera um ambiente de incertezas e insegurança em meio às centenas de produtores que se sentem lesados com o encerramento das atividades da empresa.

Ao fechar as portas, na metade do ano passado, a Fertimar, empresa do ramo agrícola responsável pelo armazenamento, compra e venda de grãos, teria gerado prejuízo aos clientes de toda a região, que entregaram o produto das safras, mas não teriam recebido o pagamento. Por iniciativa de produtores que se sentem prejudicados, o caso virou disputa jurídica na Comarca de Marau. Ao atuar na defesa de aproximadamente 45 agricultores, os advogados marauenses moveram ações de cobrança e uma ação coletiva solicitando a falência da empresa, o que foi sentenciado nos últimos dias. Agora, segundo explica Anderson Rodigheri, será possível averiguar se houve má gestão ou os proprietários agiram de má fé, com o intuito de lesar terceiros. O objetivo principal, conforme reitera a defesa dos agricultores, é que os créditos sejam reavidos.

“Neste momento não há uma apuração da esfera penal. A sentença é passível de recurso, inclusive. Mas o administrador judicial da empresa fará, agora, um levantamento patrimonial, um inventário de credores a partir de 15/08/18. Tudo será reavaliado e os antigos sócios não representam mais a empresa. No momento, os produtores podem se habilitar neste processo, na tentativa de recuperar seus créditos”, aponta Dallacort.

O administrador designado pela Justiça deve analisar, inclusive, a compra de bens pertencentes à Fertimar efetuada pela Cooperativa Coagrisol. A negociação foi confirmada no início de 2019. Os advogados não têm conhecimento se os bens da cerealista são suficientes para acobertar as dívidas. Os advogados reiteram, porém, que trabalharam para que se chegasse à essa universalidade de credores com vistas ao ressarcimento de todos.

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