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Comandante no solo e no ar: zagueiro do Veranópolis é piloto de helicóptero

por Marco Aurélio Santana

Paranaense Zé Roberto chegou a encerrar carreira em 2010 e decidiu seguir os passos de mais de 20 familiares na aeronáutica.

Foto: Divulgação

Pelo chão ou pelo alto, o zagueiro Zé Roberto, do Veranópolis, se garante. Um dos responsáveis pela campanha invicta do time da Serra até o momento no Gauchão e com apenas dois gols sofridos em quatro jogos, o defensor de 35 anos tem se destacado nos campos gaúchos, mas é no jogo aéreo que ele guarda vantagem sobre qualquer adversário. Além de marcador vigoroso, é piloto comercial de helicóptero desde 2011.

A verdade é que o jogador leva à risca o ditado de que a fruta não cai longe do pé. Natural de Itapejara D’Oeste, no Paraná, Zé Roberto vem de uma família com tradição no ramo da aeronáutica. Até perde as contas para cravar quantos parentes têm o brevê de piloto. Limita-se a dizer que são "mais de 20", entre primos e tios. Inclusive o sogro é dono de uma empresa de táxi aéreo.

Mas a atividade paralela aos gramados nasceu em um momento de desilusão. Em 2010, quando atuava pelo Luverdense, um dos clubes pelos quais mais se identificou, teve um desentendimento com o técnico Lisca, que o conhecia desde as categorias de base do Inter, onde começou a jogar. Desiludido, aos 29 anos Zé Roberto decidiu pendurar as chuteiras.

– Desanimei. Aí, em 2011, aproveitei para fazer o curso de piloto comercial. Mas, no ano seguinte, o Luverdense me fez um convite para voltar. E aceitei. Não adianta. O futebol é um vício. Pilotar se tornou a minha segunda paixão. Quando vou a Curitiba e tenho tempo livre, ainda faço uns voos – conta o zagueiro em entrevista ao GloboEsporte.com.

O “Comandante Zé” atuou nos dois últimos anos pelo Paraná antes de chegar a Veranópolis. No início de 2016, após renovar com o clube, chegou de helicóptero em entrevista coletiva para anunciar sua permanência. E ainda levou repórteres locais para um sobrevoo por Curitiba.

Assim, Zé Roberto deixa na manga uma profissão a seguir quando as pernas já estiverem cansadas. Hoje, porém, sua meta é levar o Veranópolis ao menos até a segunda fase do Gauchão e, quem sabe, à Série D de 2018. Com a experiência de já ter passado por diversos clubes brasileiros e outros da Itália, Polônia e China, o defensor exalta o empate arrancado do Inter na estreia e os resultados positivos diante de São José-RS e Brasil de Pelotas. No 1 a 1 com o Cruzeiro, no domingo, assumiu a braçadeira de capitão na ausência de Eduardinho.

– A gente sabia da dificuldade desses três primeiros jogos. Pegamos Inter na estreia, depois saímos com o São José, que fez uma campanha muito boa no ano passado, e depois Brasil, time de Série B. Para esse início, a equipe está se comportando muito bem. Somar ponto com a Dupla (Gre-Nal) já é um grande feito. O objetivo do clube é permanecer na primeira divisão, mas os jogadores sonham mais alto. Acho que vem coisa boa por aí – afirma.

Com seis pontos em quatro partidas, o Veranópolis ocupa a quarta colocação no Gauchão. O time de Tiago Nunes sai para enfrentar o lanterna Ypiranga na próxima rodada. O duelo será no sábado, às 17h, em Erechim. Zé Roberto certamente estará em campo. Por enquanto, mais preocupado com seus compromissos em solo para levar o VEC a sonhar com voos mais altos no Estadual.

Informações: Veranópolis Esporte Clube

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