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Escolas do 3º Núcleo do CPERS/Sindicato não aderem à paralisação

por Eduardo Cover Godinho

Professores e funcionários de 22 educandários seguem com atividades normais. No Estado, greve ganha força

Mobilização dos estudantes das escolas públicas de Guaporé aconteceu na Avenida Silvio Sanson
Foto: Divulgação

Os educadores das 22 escolas abrangidas pelo 3º Núcleo do CPERS/Sindicato, com sede em Guaporé, não aderiram a paralisação deflagrada na sexta-feira, dia 13, a partir da decisão em uma Assembleia Extraordinária realizada no ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. A greve, que é por tempo indeterminado em repúdio ao desrespeito do governo Sartori com professores e funcionários de escolas, pais, alunos e comunidade escolar, não modificou a rotina dos estudantes que continuam normalmente com as atividades educacionais.

Porém, um ato em defesa da educação pública foi realizado pelas Escolas Estaduais Frei Caneca, Félix Engel Filho e Bandeirante. Alunos reivindicaram, através de uma aula aberta na Avenida Silvio Sanson, em frente a Escola Félix, que o governo assegure o efetivo repasse de verbas para a manutenção e a merenda (digna), a garantia dos recursos humanos necessários para que todos os setores funcionem com qualidade, como também a valorização dos profissionais da educação e o respeito dos seus direitos históricos, entre outras.

O Diretor Alexandre Zanluchi, que apoiou o movimento e também a Ocupação Cidadã na Escola Frei Caneca (Canecão), explicou os motivos da continuidade das atividades nos educandários que fazem parte do 3º Núcleo do CPERS/Sindicato, das cidades de Guaporé, Serafina Corrêa, Anta Gorda, Ilópolis, Putinga, Dois Lajeados, Montauri, Vista Alegre do Prata, São Valentim Do Sul, União da Serra.

“Infelizmente mais uma vez a educação pública do Rio Grande do Sul ganha as manchetes pela falta de investimentos do governo. A falta de valorização dos profissionais é que desencadeou a greve. Desde 2014 não temos um centavo de reposição salarial, prejudicando o desenvolvimento do nosso trabalho e no ambiente familiar. Muitos vêem a categoria como ‘uns coitados’ e que querem fazer greve todos os anos. Não, muito pelo contrário. A greve é dolorida e só vamos para uma situação desta, em momento de desespero. Porque nós professores temos que compreender, aceitar e trabalhar três anos sem reposição salarial? Porque a educação não é tratada como prioridade? Aqui no 3º Núcleo, os professores e funcionários decidiram seguir com as atividades normais, pois estão cansados de lutar e não obterem respostas às suas reivindicações. Apoiamos o movimento estadual do CPERS/Sindicato, mas a decisão da maioria é pela continuidade das aulas”, disse Zanluchi.

Entre as principais reivindicações dos professores e funcionários de escola estão o pagamento dos salários em dia e na sua integralidade, IPE público e com o regime de solidariedade, nomeação de professores e funcionários de escola, reajuste imediato de 13,01% (2015) mais 11,36% (2016), exigência de um calendário para o pagamento do Piso e a manutenção do Plano de Carreira.

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