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Produção anual de leite alcança 13,9 milhões de litros em Guaporé

por Eduardo Cover Godinho

Dados do Escritório da Emater/RS-Ascar apontam 318 produtores com rebanho que ultrapassa as 3,8 mil vacas

Produção diária gira em torno de 40 mil litros de leite
Foto: Divulgação

O município de Guaporé tem ganho cada vez mais destaque no Rio Grande do Sul pela produção leiteira. Os dados, colhidos pelo Escritório da Emater/Ascar ao longo do mês de junho, apontam que são 318 agricultores produzindo 13,92 milhões de litros/ano com 3.852 vacas leiteiras. São cerca de 40 mil litros de leite/dia. Quase a totalidade destes produtores vendem leite cru para as indústrias, cooperativas, queijaria, entre outros. Poucos, segundo o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, comercializam leite cru diretamente para consumidores e nenhum processa o leite em agroindústria própria legalizada. A maioria produz entre 151 e 1000 litros/dia.

O engenheiro agrônomo da Emater, Antônio César Perin, salienta que, apesar da crise e da desistência de muitos produtores no Rio Grande do Sul, os números têm sido positivos em Guaporé e a atividade deve manter-se com produção estável.

“A tendência no município é a redução no número de produtores. Entre os motivos, destacam-se a idade avançada dos produtores, falta de mão de obra, preços baixos, entre outros. Mas é bom salientarmos que ficaremos na mesma quantia de produção”.

Entre os pontos que chamam a atenção da atividade em Guaporé está a produção anual de leite destinada a comercialização de derivados lácteos de fabricação caseira. São 50 produtores, com 250 vacas, e 550 mil litros para a finalidade. Leite apenas para o consumo familiar são 182,5 mil litros/ano, destacados pela produção de 25 agricultores, com média de duas vacas cada.

A intensa fiscalização dos órgãos competentes, em especial as operações desencadeadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (Leite Compen$ado e Queijo Compen$ado), faz com a cadeia produtiva leiteira em solo gaúcho distribua produtos de extrema qualidade aos consumidores. Segundo Perin, a queda no número de produtores não tem nada a ver com o descobrimento das fraudes.

“O problema não é a fraude: o maior problema que temos hoje é a importação abusiva sem controle. A fraude é página virada. O leite gaúcho é o mais fiscalizado do Brasil, por isso se identificam os problemas. Fraudes e corrupção são combatidos com fiscalização e controle. E isso está sendo feito. O que precisamos é que os governantes olhem para os produtores e que tenhamos uma agenda futuro clara. A cadeia produtiva é a que mais emprega e responde pela maior parte da agenda econômica de muitos municípios. O leite é produzido em 94% e responde por 9% do PIB do Rio Grande do Sul”, disse Perin.

 

No Estado

A pesquisa desenvolvida no município de Guaporé junto aos produtores rurais foi solicitada pela Emater/RS-Ascar que compilou dados das 497 cidades gaúchas e apresentou-os durante a 40ª Expointer em Esteio. O relatório da cadeia produtiva do leite no Rio Grande do Sul, segundo maior produtor no Brasil, aponta que são mais de 65 mil produtores. O rebanho estadual conta com 1 milhão de vacas (16,4 por produtor), que produzem 4,1 bilhões de litros de leite por ano, em uma produtividade do rebanho de 3,8 mil litros de leite por vaca/ano e 12,6 litros por vaca/dia. Já a produtividade na propriedade foi de 63 mil litros por ano; 5,25 mil litros por mês e 172,9 litros por dia.

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