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Com forte calor e estiagem, lavouras de milho e uva apresentam perdas em Guaporé

por André Fabio Bresolin

Segundo Perin, os agricultores devem investir nas propriedades rurais em meios alternativos

Perin afirma que uma reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Guaporé deve ser convocada até a sexta-feira, dia 3 de janeiro
Foto: Divulgação

A forte onda de calor, com temperaturas que ultrapassam os 35º graus na Serra Gaúcha e 40º graus em outras regiões do Rio Grande do Sul, somada ao longo período sem chuvas, estão deixando os produtores rurais e autoridades que lidam diretamente com o setor primário preocupados. As perdas nas lavouras de milho e uva, culturas com desenvolvimento vegetativo (floração e enchimento de grãos) e colheita da época, estão sendo registradas pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e Emater/Ascar-RS no município de Guaporé.

Plantada no mês de setembro, a cultura do milho está em plena floração e enchimento dos grãos. Parte dela é utilizada para a alimentação animal, em forma de silagem. Porém, conforme o engenheiro agrônomo da Emater/Ascar-RS, de Guaporé, Antônio César Perin, diversos hectares servem para a produção de grãos. No geral, as lavouras de milho apresentavam bom desenvolvimento, boa aparência e baixo índice de ataque de pragas e de incidência de doenças. Mas a falta de chuvas preocupa e estão sendo registradas perdas de produtividade.

“As perdas nas lavouras estão evidenciadas, mas não podemos afirmar quantos produtores foram prejudicados e a quantidade de hectares. Ainda é cedo. Estamos ‘in loco’ analisando e recebendo os agricultores na Emater”, disse Perin.
Além do milho, a cultura da uva também está em análise. A produtividade, se as condições climáticas não sofrerem alterações nos próximos dias, poderá ser prejudicada. A colheita está se iniciando em pequenas quantidades e deverá aumentar de forma gradativa a partir da próxima semana. Os produtores realizam monitoramento de pragas e doenças, bem como tratamentos fitossanitários e tratos culturais.

“A uva está madurecendo a força. A produção está sendo comprometida, bem como os pés de parreira”, destacou.

Segundo Perin, os agricultores devem investir nas propriedades rurais em meios alternativos para que não sejam surpreendidos pelas estiagens. Estas acontecem a cada período e são tradicionais.

“É importante que os agricultores valorizem as fontes, invistam na construção de cisternas, revalorizem as águas superficiais e protejam as margens dos rios para que os córregos possam ter água permanente. Só assim poderemos enfrentar as estiagens com menos perdas nas lavouras. A cada década temos, no mínimo, umas duas ou três fortes secas, uns períodos com menor intensidade e uns três anos normais (safra cheia). Temos que ter tecnologias de convivência com a seca. Por isso é necessário um pensamento mais avançado de todos. A vantagem de Guaporé é que há diversidade no meio rural, não dependemos somente dos grãos”.

Reunião

Perin afirma que uma reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Guaporé (Comderg) deve ser convocada de forma extraordinária para o começo de 2020. A ideia é reunir as entidades que integram o Comderg e os integrantes da Coordenadoria de Defesa Civil Municipal até a sexta-feira, dia 3 de janeiro.

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