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Poder Executivo e representantes do Sindicato dos Médicos debatem propostas visando o fim da paralisação

por Ivan Sgarabotto

Em reunião com a categoria, secretário da Saúde defendeu a construção conjunta de um novo modelo de trabalho

Foto: Clever Moreira

Em encontro com representantes do Sindicato dos Médicos, realizado nesta quinta-feira, 23, na Câmara de Vereadores, o secretário municipal da Saúde, Darcy Ribeiro Pinto Filho, reafirmou a abertura ao diálogo com a categoria, visando o fim da paralisação e melhores relações de trabalho. 

Para o secretário, houve dois avanços importantes nesta reunião, promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo, presidida pelo vereador Renato Oliveira. Um deles é o reconhecimento, por parte dos médicos, da legalidade do cumprimento da carga horária. Outro é o entendimento da necessidade de se estabelecer um novo modelo de trabalho para os servidores médicos. 

O secretário esclarece que o Executivo está estudando alternativas e propostas possíveis de serem cumpridas, mas que isso não pode ser feito de um dia para o outro. Ele defende que é preciso olhar de maneira diferenciada a categoria médica, pelas especificidades da profissão, e considera positivo que o Poder Legislativo esteja sensível a isso.

Hoje, o salário de um médico servidor do Município, com contrato de 20h semanais, é de R$ 3.595,39, acrescidos de parcela autônoma de R$ 2.100,90. A categoria foi representada no encontro pelo presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei dos Santos.

O presidente do Legislativo, Felipe Gremelmaier/PMDB, disse que a Câmara abriu espaço para um diálogo que não vinha ocorrendo entre as principais partes envolvidas na questão.

Presidente da Comissão de Saúde, Renato Oliveira destacou que o grupo parlamentar tomou a iniciativa de promover a reunião em busca de solução urgente.

O presidente do Sindicato dos Médicos agradeceu a oportunidade oferecida pela Câmara, ressaltando que o Executivo só vinha falando com a categoria por meio de diálogos informais.

Marlonei dos Santos afirmou que as questões da carga horária e do registro do ponto já estão resolvidas e cumpridas. Porém, exigiu que o piso de R$ 13,8 mil para 20 horas semanais deve ser levado em conta na negociação, conforme estabelece a Federação Nacional dos Médicos. O dirigente reclamou do desrespeito do prefeito com os profissionais por meio de telefone e exposição em redes sociais.

O secretário da Saúde negou falta de diálogo, alegando que por ofícios houve tratativas. Destacou que o modelo de pagamento e relação dos médicos do SUS com o Executivo está esgotado. O Executivo propõe flexibilização do horário dos profissionais, estudar plano de carreira, melhorar a infraestrutura e manter a parcela autônoma.

O vice-prefeito propôs que o Sindicato dos Médicos chame o Sindiserv para participar da negociação. Na avaliação de Ricardo Fabris, como os médicos são servidores públicos, as conquistas salariais deles deverão ser incorporadas por outros servidores.

De acordo com Marlonei, a paralisação continua nesta sexta-feira em parte dos serviços de saúde pública. Na segunda-feira, em assembleia, a categoria decidirá se volta ao trabalho normal.

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