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Tosse: companhia indesejada no inverno

por Felipe M. Padilha

Se persistir por mais de dez dias, mesmo que não seja intensa, merece avaliação médica

Infância: viroses respiratórias são a causa mais frequente da tosse
Foto: Divulgação/CR

Uma das maiores preocupações dos pais nesta época do ano, especialmente nas regiões de clima mais frio, como no Sul do país, é a tosse. Basta “virar o tempo” e as crianças já começam a tossir. Segundo o médico pneumologista da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Sérgio Luis Amantea, a tosse na infância é uma situação muito comum, sendo as infeções respiratórias virais (resfriado comum, popularmente chamadas de viroses) a causa mais frequente. Nos primeiros anos de vida, principalmente em crianças que frequentam creche ou escolinha, o resfriado comum pode ocorrer várias vezes. A boa notícia, segundo o médico, é que essa frequência vai diminuindo com o passar dos anos.
“As viroses, além de muito comuns, são de fácil diagnóstico pelo pediatra. É importante sempre estar atento a outras situações que podem confundir ou acompanhar estas viroses, como infeções bacterianas (otites, pneumonias, sinusites), que merecem maior cuidado no acompanhamento e necessitam de tratamento específico (antibiótico)”, alerta o pediatra. Amantea esclarece que um quadro viral respiratório pode apresentar tosse entre cinco dias até quatro a seis semanas, conforme o vírus ou a característica de resposta imunológica da criança.
As alergias respiratórias (rinite alérgica e asma), quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente, são outra frequente causa de tosse. Menos comuns, mas não menos importantes, gripe (infecção pelo influenza), bronquiolite, pneumonia, refluxo gastroesofágico, coqueluche, sinusite e corpo estranho - além de outras causas mais raras - devem ser sempre avaliadas pelo médico.

O medo de que a tosse não tratada irá evoluir para pneumonia é um mito popular, segundo o médico. “Tosses com duração de até três ou quatro semanas são comuns por viroses”, afirma. “Mais ainda, dois ou três meses de tosse é um sintoma que pode com frequência estar relacionado a resfriados de repetição, principalmente em crianças que frequentam creche ou escolinha”, completa. Cabe ao médico fazer o correto diagnóstico e tranquilizar os pais.
Episódios curtos, leves e isolados de tosse, muitas vezes acompanhados de sintomas nasais, sem nenhuma outra manifestação (febre, mal estar, vômitos etc.) podem ser manejados sem a necessidade de uma consulta médica em crianças maiores. No entanto, se houver dúvida ou qualquer insegurança pelos pais, a melhor conduta é sempre levar a criança ao pediatra. Luis Amantea orienta que sintomas agudos de febre (> 38°C), mal-estar, vômitos, falta de ar, choro intenso na criança menor, ou dor são motivos imediatos de avaliação médica. “Além disso, toda tosse com duração de mais de dez dias, mesmo que não intensa, merece avaliação do pediatra”, alerta.

Quando se preocupar?

A tosse é um reflexo do organismo que tem como objetivo “expulsar” agentes estranhos que estejam em contato com as mucosas respiratórias. Graças à tosse, as mucosas ficam mais limpas e o ar flui mais facilmente para dentro e para fora do corpo. Então, em muitos casos, é melhor tossir do que inibir essa resposta com xaropes sem indicação médica. Merece preocupação nas seguintes situações:
 
- Quando incide em bebês com menos de um ano, especialmente naqueles com menos de três meses de idade. Nesses casos, deve-se sempre procurar um pediatra e jamais administrar quaisquer medicações sem prescrição médica

- Se acompanhada de febre e outros sintomas como dificuldade para respirar, dores pelo corpo, dor de cabeça, mal-estar ou prostração

- Se acompanhada de queimação na região do estômago

- Quando incide agudamente e forte e persiste depois de um engasgo

- Se persistir por mais de dez dias

- Quando é incessante e exaustiva

Fonte: Sociedade de Pediatria do RS

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