Pesquisa entre neurologistas revela insatisfação com os planos de saúde
Estudo mostrou dificuldade na autorização de exames e internações
A Academia Brasileira de Neurologia A(BN) promoveu uma pesquisa com os associados para mapear as relações entre os especialistas e as empresas de seguro e planos de saúde. O estudo ocorreu entre setembro e outubro e teve 224 participantes. A consulta identificou os principais problemas para o atendimento médico no sistema suplementar.
A maior parte (51,34%) possui mais de 15 anos de formado, pertencendo às regiões Sudeste (46,43%) e Sul (23,21%). Do total, 32,59% atendem de um a três planos de saúde, 4,46% de quatro a cinco e 26,34% trabalham para mais de cinco operadoras.
"Baixa remuneração salarial, dificuldades nos relacionamentos, interferência nas propostas de tratamento e restrição na solicitação e na autorização de exames são fatores que dificultam os neurologistas a atuarem com planos de saúde”, avalia Francisca Goreth Fantini, coordenadora da Comissão de Exercício Profissional da ABN.
A pesquisa revelou ainda que a autonomia no exercício profissional da medicina é desrespeitada de maneira alarmante. Oito entre cada dez especialistas responderam que sofrem interferência em suas decisões (56,34% às vezes e 15,49% com frequência).
Restrições na solicitação e na autorização de exames foram apontadas por 87,47%. Cinco em cada dez médicos enfrentam dificuldades para internar um paciente, algo inconcebível.
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