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Especialista em economia brasileira defende medidas urgentes para que Brasil não obtenha queda acentuada no PIB em 2016

por Noele Scur

Fabiana D’Atri, do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, foi a palestrante da primeira reunião-almoço da CIC

Foto: Julio Soares/Divulgação

“2016 deveria ser um ano de resoluções. Não vai dar para postergar tudo para 2017.” A afirmação é da economista Fabiana D’Atri, do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, que palestrou sobre conjuntura macroeconômica e os impactos do cenário político na primeira reunião-almoço do ano promovida pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e realizada nessa quarta-feira (20). Segundo a economista, o cenário é bastante desafiador e as incertezas continuarão pesando sobre a economia brasileira, ao menos ao longo dos primeiros seis meses. Fabiana projetou quedas consecutivas do PIB no primeiro semestre do ano e alguma estabilização no segundo, o que deve produzir uma retração de 2,8% no ano.

De acordo com a palestrante, o País experimentará quedas mais acentuadas do PIB caso não adote medidas urgentes de médio e longo prazo que tragam novos horizontes para as contas públicas, não só em nível de governo federal. “Sem o enfrentamento dos problemas fiscal e inflacionário, provavelmente veremos quedas mais acentuadas do PIB no ano que vem”, avaliou Fabiana. Ainda segundo a especialista, a política fiscal permanece sendo o principal desafio do Brasil e a recessão de 2015 e 2016 deverá resultar em significativa queda da inflação. A estimativa apontada pela palestrante é de inflação de 6,5% nesse ano. “A fase atual de ajustes faz parte do ciclo de reequilíbrio da economia, necessário para o País retornar ao crescimento”, comentou.

No ambiente internacional, a economista do Bradesco mencionou o fim do ciclo de commodities, a desaceleração da economia chinesa – projeção é de crescimento de 5,5% em 2016; 5,2% em 2017; e 5% em 2018 -, aumento dos juros nos Estados Unidos, fortalecimento da moeda norte-americana em todo o mundo e crescimento moderado do PIB global.  Os países desenvolvidos entram em fase de aceleração, e os emergentes, de desaceleração, sustentou.

Diante do cenário doméstico, Fabiana entende que os motores da recuperação estão no aumento das exportações e queda das importações; nos investimentos em infraestrutura; na retomada do consumo; na queda da inflação; na estabilização salarial; e na reação generalizada e não apenas concentrada em alguns segmentos da economia brasileira. “O período é difícil, desafiador e vai exigir respostas rápidas, foco, estratégia, criatividade, inovação e produtividade, tanto para pessoas jurídicas, como para pessoas físicas. A única alternativa que não pode é ficar parado. Esse não é um período para acomodação”, observou a economista.

Essa foi a primeira reunião-almoço sob a presidência do empresário Nelson Sbabo. Em sua manifestação, o presidente da CIC declarou que a entidade continuará lutando e cobrando por melhorias nas condições de infraestrutura. Ele comemorou a outorga da União para o Município da construção do aeroporto de Vila Oliva e disse que, “sintonizados, vamos dar continuidade ao desenvolvimento da nossa Região”.

Crédito -  Assessoria de Comunicação da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul.

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