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Imigrantes Senegaleses e o Grand Magal de Touba em Guaporé

por Michele Lunardi

Celebração foi uma grande confraternização, marcada pela fraternidade

Imigrantes senegaleses Bouya Mbaye e Fallow Thiam, mesmo distantes, cultivam a cultura do Senegal, e compartilham valores com a comunidade guaporense.
Foto: Divulgação

No Senegal, milhões de fieis da Irmandade Muride, ordem religiosa islâmica, dirigiram-se para a cidade de Touba, para comemorar o dia sagrado de sua religião. A Grand Magal de Touba (Grande Festa de Touba) é celebrada no dia 18 do mês lunar de Safar em todo o país, quando peregrinos vão até a Grande Mesquita reafirmar seu compromisso com a confraria fundada pelo Cheikh Ahmadou Bamba.

Em Guaporé, a linda celebração aconteceu no dia 1 de dezembro, na Comunidade Nossa Senhora do Carmo. Imigrantes rezaram e agradeceram, no dia sagrado, em suas línguas natais, francês e wolof. Aos presentes, ofereceram almoço e jantar (churrasco, saladas, pão e refrigerante), de forma gratuita. Lembrando que álcool, assim como cigarro, não é consumido pelo grupo.

Em Touba, os peregrinos são recebidos nas casas dos moradores sem pagar nada, e os fiéis economizam dinheiro para gastar em comida neste dia. Aqui, os que participam da Festa de Touba (as visitas), não pagam nada também, e são recebidos com muito carinhos pelos muito senegaleses que escolheram Guaporé para viver. Extremamente receptivos, tratam cada pessoa com muita atenção e respeito.

Um lindo exemplo de fraternidade, amizade, comunhão e confraternização. Guaporenses e senegaleses juntos, vivendo momentos culturais marcantes, mantendo uma tradição trazida de um país que infelizmente, não tem condições de manter todos os seus filhos em suas terras, com qualidade de vida.

Em Guaporé, os imigrantes buscam oportunidades de trabalho, dignidade e formas de reconstruir suas vidas, e também ajudar os familiares que ficaram.

Por aqui, têm sido recebidos com amizade, respeito e carinho. Muito embora sempre haja algum lamentável ato de discriminação, em sua grande maioria, os imigrantes conseguem se sentir novamente em casa.

Dois exemplos disso são Andréia e Luís Carlos Lara, que fortaleceram laços de amizade com os imigrantes, em momentos de convívio que enriquecem os dois lados: dos hospitaleiros guaporenses e dos corajosos senegaleses, que deixaram tudo para trás, em busca de uma vida nova.

Assim, um mundo sem fronteiras nasce, onde apenas o ser humano importa. Com todas as suas diferenças e igualdades.

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