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Frio anima produtores de uva de Guaporé

por Eduardo Cover Godinho

Engenheiro Agrônomo da Emater/Ascar, Antônio César Perin, afirma que temperaturas negativas são fundamentais no período certo

Dormência garante a qualidade e a quantidade dos frutos que vão produzir
Foto: Vinícola Gheller

As temperaturas negativas, antes mesmo da chegada da estação mais fria do ano – Inverno, assustaram os gaúchos. Mesmo acostumados, os moradores dos três estados do sul do Brasil acusaram a mudança no clima. Se por um lado o frio não agrada, por outro, ajuda e muito os produtores, principalmente de uva, peras e de maçãs. A queda nos termômetros animou os agricultores de Guaporé que cultivam a videira. “É época de dormência e o frio é necessário neste momento”, afirmou o Engenheiro Agrônomo da Emater/Ascar-RS, Antônio César Perin.

Segundo ele, as baixas temperaturas para muitos não são bem-vindas, mas para as uvas o cenário é fundamental. Sem folhas e frutos, esta é a época de dormência. Para conseguir uma boa brotação na primavera, a uva tem que atingir 500 horas de frio abaixo de 7º graus no período de inverno. É justamente deste clima que a parreira precisa para se desenvolver.

A videira, assim com as demais frutíferas de clima temperado, possui um período de dormência, no final do ciclo, caracterizado pela queda das folhas, como consequência da redução das atividades metabólicas, em resposta ao início de temperaturas baixas (abaixo de 7,2C) na entrada do inverno. Essa dormência de inverno ou induzida por temperatura baixas é conhecida como endodormência. Portanto, para que estas plantas possam iniciar um novo ciclo vegetativo na primavera, é imprescindível a exposição destas a um período de baixas temperaturas para que ocorra a superação desta endodormência e a brotação seja efetiva”, disse Perin.

Para o Engenheiro Agrônomo, tem que ficar claro portanto, que o frio nos meses de junho, julho e agosto são fundamentais no Rio Grande do Sul para a frutíferas de clima temperado. O grande temor é justamente quando não ocorre frio na hora certa. Caso tenha calor nesses meses pode ocorrer brotação e a geada pode vir fora de hora prejudicando toda cadeia produtiva.

“Outro aspecto a ser dito é que o Rio Grande do Sul tem toda uma economia voltada para o frio. O turismo nesses meses vive em função do frio: vinhos, queijos, embutidos, entre outros, têm mais consumo no período. O turismo é alavancado sobremaneira e ajuda a economia gaúcha. Os meses gelados de inverno precisam de temperaturas baixas, pois, ajudam a agricultura, a gastronomia e o turismo”, salientou.

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