Desde 2005 a ONU elegeu o terceiro domingo de novembro como Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito. Neste ano a data será celebrada no dia 21 de novembro. O objetivo é demonstrar que por trás de cada um dos mortos e dos feridos do trânsito brasileiro há um rosto, uma história de vida interrompida. Além dos familiares e amigos que não aparecem nas estatísticas mas sofrem as consequências da violência no trânsito com a perda de um ente querido.

Os órgãos de segurança registraram neste ano 483 acidentes. A Polícia Rodoviária Federal atendeu ocorrências com 136 pessoas feridas e 11 óbitos na região. A Brigada Militar somou 88 feridos e um óbito em Vacaria. Já a Guarda Municipal registrou 233 acidentes com danos materiais.

Conforme o chefe da PRF, inspetor Rodrigo Aver Pizzolatto, houve uma redução nos indicadores em relação ao ano passado, apesar dos números ainda serem considerados elevados. Ele analisa os acidentes mais recentes e conclui que o principal motivo é humano, como falta de atenção, falta de respeito à sinalização ou até mesmo condições comportamentais.

O Tenente Eduardo Ducatti, responsável pelo cartório de trânsito da Brigada Militar, segue a mesma linha de raciocínio. Ele acrescenta que além da estatística oficial, ainda há um número expressivo de colisões em que os órgãos de segurança não são acionados. Para o Tenente, o excesso de velocidade acaba sendo um dos grandes causadores de tantos acidentes nas ruas de Vacaria.

Já o chefe da Guarda Municipal, Luciano Ramos, afirma que grande parte dos condutores locais não cumpre a Lei de Trânsito. Ele questiona o motivo de que fora do município todo mundo segue a lei a risca, porém aqui não ocorre da mesma forma.

Somente este ano PRF, Brigada Militar e Guarda Municipal flagraram 329 condutores dirigindo alcoolizados em Vacaria. Um motorista em específico já foi flagrado 11 vezes conduzindo veículo embriagado desde 2017.