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Liturgia para o 26º Domingo do Tempo Comum

por João Carlos Romanini

Celebração para o dia 29 de setembro de 2019

Foto: Divulgação

No Dia da Bíblia, a Palavra de Deus evoca um tema muito pertinente, que se opõe ao sonho e ao projeto de Deus, fere a dignidade humana e é uma ameaça constante à vida: a indiferença com o necessitado e a injustiça social.

“De que vale ganhar o mundo se viermos perder a eternidade”?

 

ACOLHIDA

Animador: Irmãos e irmãs, neste dia dedicado à BÍBLIA, acolhemos a todos, para celebrarmos a partilha do Pão da Palavra de Deus, do Pão da Eucaristia, e agradecer pelos bens que a bondade do Criador colocou neste mundo para serem partilhados de forma justa para o bem-estar e a alegria de todos.

 

ATO PENITENCIAL

Animador: Vivemos numa sociedade onde a riqueza gera poder e prestígio, mas produz pobreza, exclusão e marginalidade. Peçamos perdão a Deus, pela nossa indiferença e cumplicidade com esta situação cantando.

 

GLÓRIA

Animador: Louvemos o Senhor pela sua Palavra Sagrada que liberta e salva.

 

LITURGIA DA PALAVRA

Animador: Acolhamos a Bíblia Sagrada, cantando.

   1ª Leitura: Amós 6,1 a. 4-7

   2ª Leitura: 1 Timóteo 6,11-16

   Evangelho: Lucas 16,19-31

 

REFLEXÃO

- No Dia da Bíblia, a Palavra de Deus evoca um tema muito pertinente, que se opõe ao sonho e ao projeto de Deus, fere a dignidade humana e é uma ameaça constante à vida: a indiferença com o necessitado e a injustiça social.

- Deus nos confiou muitos dons e talentos e deixou-nos a responsabilidade de administrá-los bem. Administrar bem significa gerir estes bens, de modo que não nos falte nada, mas que também não deixemos faltar nada a ninguém. É o que chamamos de responsabilidade social. Vivemos, porém, numa sociedade onde uns acumulam escandalosamente cada vez mais riqueza, e outros são excluídos, ignorados e descartados.

- O Profeta Amós, utiliza palavras muito duras contra aqueles que tinham condições e poder para administrar a sociedade, porém agiam de modo inadequado e perverso, desviando recursos, vivendo na opulência, no luxo e no desfrute, deixando muitos sem nada, na miséria, na fome. O profeta acentua a despreocupação e a indiferença dos poderosos e as consequências de seu procedimento. Quando se ignora o sofrimento dos pobres, as injustiças se ampliam. Deus, porém, não ignora o sofrimento e as injustiças. Amós já prediz as consequências da conduta dos abastados: a deportação, o exílio, onde estarão expostos a gozações e zombarias.

- Paulo, na carta a Timóteo, mostra que uma sociedade justa é composta por pessoas de comportamento justo. É preciso que o indivíduo tenha uma vida íntegra para que a comunidade e a sociedade sejam íntegras. Há pessoas que, movidas pela sede insaciável do lucro, do dinheiro, da fama e do poder, não medem as consequências dos seus atos, prejudicam e por vezes destroem a vida dos outros. Desse modo a recomendação que encontramos nesta segunda leitura é fundamental: fugir das coisas perversas; procurar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza e a mansidão. São procedimentos elementares para uma sociedade justa, sem milionários e sem miseráveis. Quem age dessa maneira, além de demonstrar que está combatendo o bom combate contra as injustiças, constrói uma sociedade justa e herda a vida eterna.

- Jesus Cristo, lutou contra as forças da morte, contra os poderosos do seu tempo e mostrou que o bem vence o mal, a verdade vence a mentira, por mais difícil que isto possa parecer. Portanto, ao nos retrair ou nos omitir, estamos deixando que o mal se alastre, isto é, estamos compactuando ou sendo coniventes. A parábola do rico e do pobre Lázaro que Jesus conta, retrata bem a realidade atual. Alguns se banqueteando, esbanjando, enquanto que, diariamente, pelo mundo afora, milhares de pobres Lázaros morrem de fome. Jesus nos mostra claramente que as injustiças não passam despercebidas aos olhos de Deus e, por mais que a justiça de Deus tarde, ela não falha. Deus é contra o mau uso das riquezas, o uso injusto dos bens ou o enriquecimento ilícito, às custas do empobrecimento dos outros. O homem rico foi condenado porque substituiu Deus pelo dinheiro. Ele usou e abusou dos seus bens, sem se preocupar com a miséria dos que o cercavam. O pobre Lázaro representa os miseráveis, as vítimas da ganância dos ricos, que, mesmo estando à sua porta, implorando as migalhas que caíam de sua mesa, não era visto, porque ele, o rico, com o coração duro, materializado, indiferente não o via, não se comovia. O rico do evangelho não tem nome, porque pode ser qualquer um em qualquer tempo. O pobre tem nome, pois sabemos muito bem quem é. Deus faz justiça aos que são oprimidos, mas não podemos nos acomodar esperando que apenas pela justiça divina. É nossa missão de cristãos, combater o bom combate em favor da justiça, da dignidade, da partilha, da vida em abundância para todos, de um outro mundo possível.

 

PRECES DA COMUNIDADE

Animador: Animados pela Palavra da Bíblia, que fala do coração amoroso de Deus, apresentemos a ele os nossos pedidos, rezando: Senhor, dai-nos um coração sensível e justo!

1 – Ao vermos tanta ganância, desperdício e mau uso das riquezas, por parte de uns poucos em prejuízo da maioria, rezamos.

2 – Ao vermos tantos irmãos e irmãs vivendo na miséria, na fome e no abandono, sem emprego e oportunidades de vida digna, rezamos.

3 – Ao vermos tantas irmãs e irmãos enfermos sofrendo e morrendo por falta de assistência e tratamento, rezamos.

4 – Ao vermos tantas pessoas, entidades e instituições iluminadas pela Palavra de Deus, dando assistência e cuidados a irmãs e irmãos doentes, pobres e excluídos, rezamos.

 

OFERTÓRIO

Animador: Os bens materiais, os bens da vida e da saúde são dons que Deus nos confiou, para o bem de todos. Ao nosso Criador e Pai, agora, os apresentamos nosso reconhecimento, gratidão e amor.

 

COMUNHÃO

Animador: Recebemos o Pão da Palavra, e agora Deus nos oferece Pão da Eucaristia, comprometendo-nos a lutar para que haja pão em todas as mesas.

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