Pesquisa revela a dimensão dos casos envolvendo drogas nas escolas
Assunto foi debatido no Temática nesta quinta-feira, 12/04
Foto: Tua Rádio Fátima
No Temática desta quinta-feira,12/04, foram revelados os dados de pesquisa inédita sobre a dimensão de casos envolvendo drogas nos ambientes educacionais. O trabalho foi idealizado em abril de 2015, durante 3 anos foi elaborado estudo através de uma pesquisa qualitativa aprovada pelo Comitê de Ética da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, realizada na rede de ensino pública e privada de Vacaria, com amostra coletada de 2.115 alunos do ensino fundamental, médio e superior.
O presidente do Comad comissário de polícia João Carlos Pinto destaca Abreu o objetivo geral foi de estudar a prevalência e fatores de risco para o uso de drogas entre estudantes, bem como construir um diagnóstico das unidades educacionais pesquisadas no município de Vacaria.
Uma das pesquisadoras professora Maria Tereza Pacheco salienta que o primeiro contato com algum tipo de substância psicoativa ocorreu com maior prevalência na adolescência (entre 13 e 15 anos), sendo o álcool a principal droga experimentada, seguido do uso combinado de substâncias, como álcool e tabaco.
Dos participantes que experimentaram o álcool, 5,6% fez uso antes dos 10 anos de idade, demonstrando a precocidade no acesso.
Os ambientes mais mencionados como primeira experimentação foram as festas e em casa, obtendo a droga através de amigos e da própria família. Havia-se uma hipótese de que o ambiente educacional seria um dos acessos ao uso de drogas, informação que não foi comprovada na análise dos dados.Observou-se também, que dos 2.115 estudantes pesquisados, 517 nunca experimentou nenhum tipo de droga, equivalendo a 24,4% da amostra.
Sobre o uso de drogas nos ambientes de ensino pesquisado, participaram na rede pública de ensino 1.528 alunos, sendo que 40,8% experimentaram bebida alcoólica, 26,6% fizeram o uso de mais de uma substância e 30,02% nunca experimentaram nenhum tipo de droga; na rede de ensino privada, com 587 respondentes, 54,5% experimentaram bebida alcoólica, 34,2% mais de uma substância e 9,4% nunca experimentaram.
A pesquisa verifica também como a criança ou adolescente usou maconha pela primeira vez e como teve acesso ao narcótico. A mesma pergunta vale para o uso de crack, cocaína e outras drogas.
As respostas começaram a ser analisadas nesta semana, mas o Comissário Abreu, Presidente do COMAD, adiantou que o uso de álcool é citado como porta de entrada para o consumo de drogas.
Além disso, pelas palestras realizadas pelo Comad nas escolas, é preocupante o número de alunos que convive com casos de dependência dentro de casa, seja com os irmãos mais velhos ou com os pais. A falta de informações é outro fator que preocupa.
Com base nestas informações e por meio da pesquisa, o município terá um verdadeiro mapeamento das drogas na cidade que mostrará como elas chegam às crianças e aos adolescentes.
Todas estas estatísticas poderão nortear o trabalho do Comad e a dos 27 estabelecimentos de ensinos que participaram da pesquisa, visando a elaboração das estratégias de prevenção e tratamento da dependência química. A pesquisa foi feita de forma sigilosa para garantir a fidelidade das respostas.
Na reunião também foi tratado sobre o Projeto "ANJOS do COMAD", onde o grupo de trabalho irá se reunir na próxima sexta feira (13/04). Foi recebido as frases referente prevenção as drogas das escolas participantes do COPREVE/CIPAVE e formado grupo responsável pela realização da Semana da Família, que desta vez será em conjunto Conselho sobre Drogas e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
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