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Violência no meio rural mobiliza comunidade de Ipê e região

por Aldoir Santos

Do encontro será produzido relatório a ser encaminhado para a Secretaria de Segurança

Presidente do STR de Vacaria Sergio Poletto fala durante a audiência (foto: Eleandro Bonesi)
Foto: Divulgação

A segurança no meio rural, devido à grande incidência de roubos nas propriedades rurais de Ipê e cidades vizinhas da região serrana do Rio Grande do Sul, foi tema debatido na tarde de segunda-feira, 15/02, no município pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos (CSSP) da Assembleia Legislativa.A audiência conduzida pelo presidente da Comissão, deputado Nelsinho Metalúrgico (PT) e proposta pelo deputado Zé Nunes (PT), teve a sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município lotada pela população que está alarmada pela situação nas comunidades.

Para Nelsinho, que apresentou parte do conteúdo do livro que lançou no ano passado - O retrato da segurança no RS - a situação da região é de fato preocupante e a possibilidade de ser agravada é real. "Temos um déficit de servidores que é histórico e que nos últimos meses tem se tornado crítico. Apontamos através de audiências no ano de 2015 a necessidade de que o governo do Estado, urgentemente, realize a nomeação dos aprovados nos concursos para a segurança pública a fim de suprir a demanda de todas as regiões do Rio Grande do Sul.

O deputado Zé Nunes lembrou que a proposição da reunião surgiu de encontro com os membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipê. "Quem é agricultor familiar sabe da situação de insegurança no meio rural. Temos feito uma luta grande junto ao governo do estado para que não se economize recursos para a segurança pública. Nós tivemos no ano de 2015 uma corrida pelos policiais em busca da aposentadoria, aumentando o déficit de servidores nas comunidades. A segurança não pode ser vista como uma despesa. Precisamos de investimento na área", disse Nunes..

Encaminhamentos: do encontro será produzido relatório a ser encaminhado para a Secretaria de Segurança Pública do Estado contendo a necessidade urgente de se nomear servidores para a Brigada Militar e Polícia Civil, destacando a relação de trabalhadores que se aposentaram e o quantitativo reduzido encontrado nas cidades. A revisão da quantidade de horas extras para a Brigada Militar do município. Incentivar a implantação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal. A regionalização dos concursos públicos para a área visando a permanência do servidor nas cidades próximas às suas famílias. Também foi proposto que o relatório seja entregue ao secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, juntamente com uma comissão de moradores e autoridades da região.

Apontamentos da Audiência: "A insegurança no meio rural vai do trator ao pulverizador. Até a porta da casa dos agricultores os assaltantes estão carregando. As pessoas na comunidade estão parando de investir. Nós não estamos sabendo mais o que fazer. Em nome da comunidade peço alguma providência à situação que passa a comunidade", clamou o coordenador da Fetraf-Sul, Luis Carlos Scapinelli. 

O representante da prefeitura de Ipê, Valdir Bueno, destacou que a preocupação não advém somente do meio rural mas também no meio urbano. "Os municípios vem perdendo efetivo e o governo do Estado aponta para o fechamento do posto policial no município, tendo Ipê que recorrer ao policiamento de Antônio Prado", frisou o secretário da agricultura local, que pediu que o governador Sartori "olhe melhor a situação da segurança pública."

A segurança pública, segundo o prefeito de Vacaria, Eloi Poltronieri, se tornou a principal preocupação por parte dos moradores na cidade. "Realizamos pesquisa anualmente sobre a gestão municipal. Anteriormente aparecia em sexto lugar. No ano que passou, ficou em primeiro. Não podemos aceitar esta condição", avaliou o gestor de Vacaria.

Para o sargento Xavier, que comanda a Brigada Militar na cidade, a situação já é conhecida há anos e tem piorado. "As principais dificuldades vão do reduzido efetivo  para a composição das guarnições às horas extras que a partir do ano de 2015 passaram a 15 horas por mês, insuficientes para a demanda apresentada", lembrou o representante da BM.

"O trabalho de identificar os problemas está sendo realizado pelo Sindicato Rural e esperamos o apoio dos deputados junto ao governo do Estado. Agradeço à Comissão por atender ao chamamento que é dos agricultores", lembrou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipê, Sidnei Giubel.

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