Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
14:00:00
Em Alta
18:00:00
 
 

Trio passo-fundense é preso após sequestrar idosa em São Paulo

por Rudimar Galvan
Foto: Divulgação

Dois homens e uma mulher, todos passo-fundenses, sequestraram uma senhora de 77 anos na capital de São Paulo, nesta quinta-feira (18). Eles ficaram com ela por cerca de 4 horas, mas foram presos pela Polícia Civil. A vítima informou que perdeu cerca de R$ 500 mil, através de transferências via Pix e saques em banco.

A mulher foi sequestrada no início da tarde, no bairro dos Jardins. O trio colocou a idosa no carro e praticou crimes através de transferências bancárias. Também agrediram a senhora.  O objetivo do trio era levar a mulher até a casa dela e roubar itens pessoais. No entanto, eles foram interceptados e presos pela Polícia Civil.

Os presos foram identificados como Luiz De Boni JúniorMabel Teresinha Miranda do Prado e Ederson da Costa, todos naturais e moradores de Passo Fundo.

Com a colaboração dos Policiais Civis da Delegacia Regional de Passo Fundo, foi possível qualificar a verdadeira identidade dos autores e constatar que os mesmos eram procurados pela Justiça no Estado do Rio Grande do Sul.

O Delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), comemorou a prisão na imprensa paulista e nacional. “Que satisfação mandar esses vagabundos para cadeia. É gratificante quando chega nesse resultado”, disse ele, emocionado.

A Draco Passo Fundo havia prendido em março o Luiz De Boni e a Mabel Teresinha Miranda do Prado. A Polícia Civil de Passo Fundo através da Draco, coordenada pelo Delegado Diogo Ferreira, prendeu os dois em uma operação deflagrada no dia 11 de Março deste ano de 2021. A Operação foi um desdobramento da OPERAÇÃO PÓLIS, deflagrada em 2018, que visou o combate as organizações criminosas dedicadas aos estelionatos e lavagem de dinheiro.

 

Relembre a Operação deflagrada em março pela Draco Passo Fundo

 

Na investigação desenvolvida pelo NÚCLEO DE LAVAGEM DE DINHEIRO foi possível constatar a existência de um elaborado esquema criminoso, no qual cada um dos investigados exercia um papel importante para o sucesso da atividade criminosa. A funcionalidade dessa engenharia criminal girava em torno do cometimento de delitos de estelionato, modalidade “conto do bilhete premiado, lavagem de dinheiro por intermédio do sistema bancário (contas de laranjas) e organização criminosa destinada para esse fim.

Os investigados compõem uma verdadeira organização criminosa, que se articula de diversas maneiras para ludibriar suas vítimas, praticando delitos de forma perene, em um curto espaço de tempo.
No período de 03 de agosto a 14 de agosto de 2020, a ORCRIM angariou vultosa quantidade em dinheiro. Após conseguir enganar as vítimas, contas de “laranjas” eram utilizadas para “lavar” o dinheiro sujo. Dessas contas, o dinheiro era enviado para casas de câmbio e, posteriormente, convertido em moeda estrangeira, bem como era remetido para contas de novos “laranjas” residentes na cidade de Passo Fundo/RS e, após, agora com aparência lícita e sem suspeita, era sacado pelos criminosos.

Primeiro, um dos investigados abordava a vítima (sempre idosa) e lhe dizia que tinha um bilhete premiado e que precisaria trocar a quantia em alguma agência bancária. Para tanto, caso a vítima o ajudasse, receberia uma quantia em dinheiro. Nesse momento, outro criminoso também se aproximava da vítima e se prontificava a ajudar o pseudo-vencedor da loteria, afirmando que trocaria o “bilhete premiado” por uma quantia em dinheiro.

A vítima, achando a história verdadeira, afirmava que também queria receber o “bilhete premiado” e dizia que também repassa uma quantia em dinheiro em troca do prêmio. Durante o cometimento do delito, outros investigados ficavam acompanhando a vítima e os criminosos de perto. Outros, por sua vez, seguiam a vítima até a agência bancária, a fim de ter certeza se conseguiria ter acesso ao valor que prometeu aos criminosos.

Uma vez com o dinheiro na mão, os criminosos transferiam os valores para contas de terceiros. Dessa conta, o dinheiro era disparado para outras contas ou para casas de câmbio, a fim de ser convertidos em moeda estrangeira. Foi exatamente isso que ocorreu nos autos da investigação.

Os investigados revezavam na abordagem das vítimas. Um investigado ficava dentro das agências bancárias cuidando os passos da vítima. Outro investigado, por sua veze, fazia as vezes de atendente do banco, a fim de mentir para a vítima que de fato o bilhete era verdadeiro e que ela poderia receber o prêmio em lotéricas ou agências da caixa econômica federal. Um terceiro suspeito concedia as contas de “laranjas” para os representados. Já um investigado residente no Estado do Paraná, realizava transações bancárias para os representados, bem como fazia alguma transação referente à moeda estrangeira – dólar. Por fim, um quinto investigado, nesta perquirição, usava sua conta bancária para receber os valores já com aparência lícita.

A título de exemplo, em apenas um crime de estelionato foi lesado de uma vítima o valor de R$ 170.000,00 (cento e setenta mil reais). Além disso, entre delitos consumados e tentados, somente no período de duas semanas, foram feitas 9 (nove) vítimas. Outra vítima teve prejuízo de R$ 230.000,00 (duzentos e trinta mil reais). Na mesma oportunidade, uma terceira vítima perdeu R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) e uma quarta vítima perdeu de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Foi possível constatar que os criminosos têm visam vítimas idosas, principalmente pela fragilidade que possuem em razão da idade.

Informações: Rádio Uirapuru

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Cacique

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais