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Região de Passo Fundo passará para Bandeira Vermelha

por Rudimar Galvan

Estado tem nove regiões na bandeira vermelha na 8ª rodada do Distanciamento Controlado

Foto: Divulgação

Além das quatro regiões que já estavam na bandeira vermelha, o mapa do Distanciamento Controlado apontou piora nos indicadores em outras cinco regiões: Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo. Somadas a Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas, o Estado tem, portanto, nove regiões na bandeira vermelha na rodada preliminar do modelo, divulgada nesta sexta-feira (26/6).

Assim, as cinco regiões devem seguir a regra que diz que, se fossem classificadas na bandeira final vermelha por dois períodos consecutivos ou alternados dentro do prazo de 21 dias, só poderão ser reclassificadas para bandeira menos restritiva depois de preencherem os requisitos por, pelo menos, dois períodos consecutivos de mensuração.

O Decreto 55.322 permite que municípios sob bandeira vermelha sem registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de algum morador nos últimos 14 dias e que mantenham rigorosamente atualizados os registros nos sistemas oficiais poderão adotar, por meio de regulamento próprio, protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja. No mapa preliminar da 8ª semana, de um total de 301 municípios abrangidos pela bandeira vermelha, 186 poderão adotar protocolos previsto na classificação laranja.

O prazo para o envio termina às 8h de domingo (28/6). Até a tarde da segunda-feira (29/6), o Gabinete de Crise analisará os dados enviados e rodará o mapa novamente, cuja definição final será divulgada na segunda à tarde. As bandeiras definitivas passam a valer, portanto, a partir de terça-feira (30/6).

Situação geral

O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 20%, passando de 512 para 613. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para Covid-19, que passou de 365 para 478 – crescimento de 31%.

A quantidade de internados em UTI por SRAG passou de 366 para 459. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que alcançou 3.340. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo reduziu de 587 para 264.

Um dos principais fatores que levaram a consolidação das bandeiras vermelhas e laranja é o agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes Covid), mensurada no Estado como um todo. Até a rodada anterior, o indicador recebia a bandeira laranja, mas na rodada atual atingiu bandeira vermelha.

Esse indicador permite acompanhar a capacidade de resposta da rede hospitalar para atender a população que necessita de atendimento neste nível de atenção. No entanto, é um indicador que também está diretamente relacionado ao avanço da doença no Estado, uma vez que, quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de atendimento hospitalar e maior o risco de pressão no sistema de saúde.

 

 

MACRORREGIÃO NORTE
Com o agravamento do indicador de Capacidade de Atendimento no Estado, que avalia o quantitativo de leitos de UTI livres sobre leitos de UTI ocupados por pacientes Covid, dos indicadores na macrorregião de internados por SRAG em UTI, internados em leitos clínicos e UTI por Covid e da Capacidade de Atendimento e da Mudança da Capacidade de Atendimento na macrorregião, as regiões de Palmeira das Missões, Erechim e Passo Fundo obtiveram bandeira final vermelha.

PASSO FUNDO
Com o quadro se agravando em praticamente todos os indicadores do modelo, Passo Fundo ingressa na bandeira vermelha ao atingir 46 pacientes com síndrome respiratória aguda ocupando leitos de UTI. Na semana anterior eram 36 casos. A mesma situação se verificou para diagnosticados com a Covid-19: o número de internados em UTI passou de 24 para 29 pessoas.

Um dos reflexos para a região está na redução dos leitos de UTI disponíveis, que caiu de 32 para 27 unidades. Passo Fundo e municípios próximos somaram 377 casos ativos na última semana, o que ampliou o total de hospitalizações por Covid-19 no acumulado de sete dias: eram 43 e passou para 53 registros. Os casos de infecção pelo vírus no último dia do levantamento somaram 40 pacientes, quando na semana anterior estava em 36 casos.

BANDEIRAS VERMELHAS
Dentre os ajustes feitos no Distanciamento Controlado, o governo definiu que as regiões classificadas com cor vermelha não poderão ter regras mais brandas que as estipuladas no Decreto Estadual, nas Portarias da Saúde e nos Protocolos Segmentados.

A flexibilização disposta no Distanciamento Controlado aos municípios será permitida apenas em situações de bandeiras amarela e laranja. No caso de medidas mais restritivas, os municípios podem adotar independentemente da cor em que estiverem.

Além disso, existe uma regra que determina que regiões classificadas em bandeiras preta ou vermelha no mapa definitivo por dois períodos consecutivos ou alternados, dentro do prazo de 21 dias, precisarão de duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para que possam efetivamente obter redução no nível de risco. O objetivo deste gatilho de segurança é o de assegurar e caracterizar a efetiva melhora nas condições de uma região.

A partir da sétima rodada, os municípios em região de bandeira vermelha que não tenham registro de hospitalização e óbito por Covid-19 (considerado o município de residência) nos 14 dias anteriores a apuração das bandeiras poderão adotar, por meio de regulamento próprio, protocolos para as atividades previstos na bandeira laranja, desde que mantenham atualizados os sistemas de informações oficiais (SIVEP e E-SUS).

Com isso, na oitava rodada, do total de 301 municípios que compõem as nove regiões sob bandeira vermelha, há 186 municípios sem registro de hospitalizações e óbitos por Covid-19 nos 14 dias anteriores a apuração das bandeiras. Portanto, nesses locais, caso os prefeitos queiram, poderão adotar medidas estabelecidas na bandeira laranja.

ENTENDA O DISTANCIAMENTO CONTROLADO
Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio, com o Decreto 55.240 – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em todo o Rio Grande do Sul.

Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.

Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).O monitoramento dos indicadores de risco é semanal.

Nesta semana, o governo efetiva a nova sistemática de divulgação das bandeiras do modelo de Distanciamento Controlado. Até a noite desta quinta-feira (25/6), foram coletados os dados. O mapa preliminar com as cores das 20 regiões foi divulgado na sexta (26/6).

A partir da 0h de sábado (27/6), as eventuais regiões que tiverem redução no risco epidemiológico já terão vigência da nova bandeira. Por exemplo, se na semana anterior estava com vermelha, passará a valer a laranja, que tem menos restrições.

As regiões que permaneceram com a mesma cor ou tiverem aumento no nível terão prazo, até as 8h de domingo (28/6), para entrarem com recurso. Na segunda-feira (29/8), o Gabinete de Crise analisará os dados e divulgará o resultado. As bandeiras passam a valer na terça-feira (30/6).

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