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À CPI do Lixo, Vicente Durigon lista possíveis irregularidades cometidas pela Administração

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Investigado, o vice-prefeito afastado Eder Piardi (PP) será ouvido na próxima sexta-feira, 22

Foto: Ricardo Silva/Tua Rádio

Em longo depoimento à CPI do Lixo, na tarde de 15 de outubro, o ex-vereador Vicente Durigon listou uma série de irregularidades que podem ter sido cometidas pela Administração, durante os processos de licitação nos anos de 2017, 2018 e 2019, para contratação de empresa responsável pela coleta de resíduos, administração do aterro sanitário e limpeza urbana de Lagoa Vermelha.

Segundo Durigon, além dos indícios de direcionamento de licitação, favorecendo a empresa Adeva, vencedora dos três certames, pode ter havido o sucateamento proposital da antiga empresa responsável pela coleta do lixo, manutenção do aterro e limpeza urbana, a Codesa, que era de propriedade do município.

“A Codesa era superavitária no dia 31 de dezembro de 2016, quando terminou a gestão do prefeito Getúlio Cerioli (PDT). Havia recurso em caixa, equipamentos, veículos com plena capacidade de trabalho”, relembra.

Na gestão do prefeito Gustavo Bonotto (PP), as coisas mudaram, conforme o ex-vereador.

“Ela (Codesa) acabou sendo extinta com praticamente o mesmo valor de déficit do que ela recebeu em caixa, e com os equipamentos bastante sucateados”, conta.  

Visitas suspeitas

Com alguma dificuldade para lembrar, Durigon afirmou que antes da licitação para contratação de empresa substituta da Codesa, um secretário e possivelmente o prefeito Bonotto fizeram vista à Adeva, futura vencedora das licitações. A visita teria sido retribuída.

A visita e outros fatos foram considerados suspeitos. “Nos chamou atenção também a questão da contração emergencial sequencial à suspenção do contrato de gestão do lixo pelo Poder Judiciário”.

Máfia do Lixo

O ex-vereador também disse que a Administração não agiu para impedir que a Adeva participasse das licitações, mesmo sabendo que ela poderia estar envolvida em atos ilícitos.  “Não anulou o certame quando percebeu que uma das empresas participantes da licitação havia sido amplamente noticiada inidônea, também associada à “Máfia do Lixo”, já reportada desde o ano de 2015”, relata.

Fatos também chamaram a atenção de Durigon depois que a Adeva começou a operar em Lagoa Vermelha. As suspeitas recaíram sobre o conteúdo do contrato firmado com o município. “O contrato previa seis quilômetros por dia de pintura de cordão e a gente via que não acontecia essa pintura”, afirma.

Próximos depoimentos

Na condição de investigado, será ouvido na próxima sexta-feira, 22 de outubro, o vice-prefeito afastado Eder Piardi (PP). O gestor foi fiscal do contrato de licitação que resultou na contratação da Adeva.

Também investigados, serão ouvidos o prefeito Gustavo Bonotto, no dia 29 de outubro, e no dia 05 de novembro, o empresário Rogério Trevisan, da Adeva.

Ouça a entrevista com Vicente Durigon e saiba mais.

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