O prefeito Gustavo Bonotto (PP) concedeu entrevista à Tua Rádio Cacique na manhã desta quinta-feira, 11 de novembro, e falou sobre a assinatura de um termo de compromisso com a Corsan, firmado entre o município e o Estado, para que a companhia continue prestando serviços após sua privatização. O gestor apontou economia e segurança na manutenção da parceria.

Segundo ele, atualmente 81% das casas do município não possuem saneamento básico; as demais utilizam de tratamento individual, por meio de fossas e sumidouros. O novo marco legal estabelece que 90% das residências deverão ter cobertura esgotamento sanitário até 2033. Diante da regra, Bonotto teme que o serviço se torne muito caro, no caso da contratação de outra empresa por iniciativa do próprio município.

A municipalização do serviço também traria “duas grandes preocupações”, segundo ele. O investimento necessário ao longo dos próximos 11 anos seria de R$ 92 milhões, além da necessidade de indenização da Corsan pelos benefícios já realizados em Lagoa Vermelha, algo que varia entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões. Além disso, o município teria dificuldades, já que não possui conhecimento sobre o tema.

As cidades que assinarem os aditivos que adequam os contratos de programa vigentes com a estatal ao Marco Legal do Saneamento também receberão recursos após a privatização, provenientes das ações da companhia. No caso de Lagoa Vermelha, seriam 235 mil ações, avaliadas em R$ 4,70, que totalizam R$ 1.104.500,00.

Em entrevista, Bonotto informou ainda que o acordo não se deu de maneira definitiva em razão de o município negociar alguns temas como a garantia do abastecimento de água. A assinatura do aditivo também será votada pelo Legislativo.