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Governo do Estado e Famurs criarão grupo de trabalho sobre a privatização da Corsan

por Rudimar Galvan
Reunião na Casa Civil definiu criação do grupo, que começará trabalhos nas próximos semanas.
Foto: Divulgação/Voltaire Santos / Famurs / Divulgação

Em reunião na Casa Civil, no Palácio Piratini, nesta sexta-feira (9/7), foi definida a criação de um grupo de trabalho para debater o projeto de privatização da Corsan nos municípios gaúchos. O anúncio foi feito pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, e pelo presidente da Federação das Associações de Municípios (Famurs), Eduardo Bonotto, que também é prefeito de São Borja.

O grupo de trabalho será composto por Famurs, Corsan e governo do Estado. O secretário Artur Lemos ressaltou a importância da criação do espaço para debates. “Será um ótimo canal de diálogo com prefeitos e presidentes das associações regionais. Aproveito para desejar uma ótima gestão ao novo presidente da Famurs, Eduardo Bonotto. Tenho certeza que o governo do Estado e a federação serão parceiros em diversas pautas e projetos que melhorem a vida dos gaúchos”, afirmou.

A criação do grupo de trabalho é resultado de pedido feito pelo presidente da entidade ao governador Eduardo Leite na posse da nova diretoria da Famurs, na quinta-feira (8), em Porto Alegre. Na reunião na Casa Civil, Bonotto destacou a rapidez com que o governo atendeu a sugestão. “Na posse, comentei em rápida conversa com o governador Leite sobre a criação de um grupo de trabalho. Em menos de 24 horas, o governo atendeu nosso pedido. Assim, já vamos começar os trabalhos nas próximas semanas", afirmou o novo presidente da entidade.

Na posse do prefeito Bonotto na presidência da Famurs, o governador falou em seu pronunciamento para os prefeitos sobre a privatização da Corsan. Leite disse que a companhia dificilmente conseguirá cumprir as metas de esgoto tratado até 2033, estipulado pelo novo Marco Regulatório do Saneamento. Disse ainda que, mesmo praticando a tarifa mais alta do Brasil, não consegue superar os 17% de coleta e tratamento de esgoto nos municípios que atende. E que para chegar à meta, teria de investir R$ 1 bilhão ao ano. "O ano passado foi o ano de maior investimento da companhia e foram cerca de R$ 300 milhões. Além disso, estão esgotadas as possibilidades de financiamento, especialmente em bancos públicos, uma vez que a própria lei do novo marco regulatório restringe a possibilidade de financiamento das companhias públicas”, disse o governador. Atualmente, 316 municípios gaúchos têm serviços de saneamento prestados pela Corsan.

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